Maior cânion do Brasil e 6º maior do mundo está no Paraná; conheça 

O Cânion Guartelá fica em Tibagi e tem 30 km de extensão

Lívia Berbel
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Cânion do Guartelá (Foto: Carlos Vicelli/Sedest)

Os aventureiros do Paraná têm mais um ponto do estado para conhecer: trata-se do Cânion Guartelá. Conhecido pela sua grande extensão, o local é uma ótima opção para quem gosta de trilha e de história. Além da aventura, o cânion reúne pinturas rupestres que contam a história da humanidade e, claro, a sua própria formação faz parte dela também.

Como o Cânion Guartelá, no Paraná, se formou?

Segundo o Instituto Água e Terra (IAT) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o cânion pode ser considerado um registro da separação da pangeia – o “supercontinente” que reunia todos os continentes há mais de 100 milhões de anos. No caso, o Guartelá seria o registro da separação da América do Sul e da África, que aconteceu no período Mesozóico.

O cânion está localizado no que é conhecido como ‘Arco de Ponta Grossa’, o que, com as forças da separação continental, criaria o Guartelá. Com o tempo, o Rio Iapó encontrou o curso dele nesta fenda.

Tudo sobre o maior cânion do Brasil, que está no Paraná

O Cânion Guartelá está localizado na região dos Campos Gerais. Ele tem desníveis de até 450 metros e uma extensão de 30 km, o que o torna o maior do Brasil, ou o mais longo, e o 6º maior do mundo. Embora não tenha os paredões mais altos como de outros cânions, ele revela uma beleza natural na extensão. Além disso, é o único do mundo com vegetação nativa.

O local está no Parque Estadual do Guartelá, e quem administra é o IAT com a Prefeitura de Tibagi. No parque, é possível fazer duas trilhas e aproveitar para  entrar na água das piscinas naturais. As visitas acontecem de quarta à segunda-feira, das 8h às 16h. 

Trilhas no Guartelá

No Parque do Guartelá existem duas trilhas possíveis. A primeira é a Trilha Básica, que tem cerca de 5 mil metros de extensão, contando a ida e a volta. Ela pode ser feita sem guias e dá acesso às piscinas naturais do Arroio do Pedregulho, mirante do parque e à cachoeira Ponte de Pedra.

Por outro lado, a segunda trilha é a das Pinturas Rupestres. Para essa, é necessário ter um um guia, que pode ser contratado (à parte) no Centro de Tibagi. O percurso é de 7,5 mil metros, ida e volta. No entanto, em dias chuvosos, não é possível fazê-lo.

Para essa segunda trilha, há um limite de 40 pessoas. Sendo 20 pela manhã e 20 à tarde. No site deles, há mais informações.

Como chegar 

Partindo de Curitiba, os visitantes devem pegar a BR-376 até Ponta Grossa. De Ponta Grossa, a PR-151 até Castro. De Castro, é necessário pegar a PR-340 até a rotatória no Km 247. E, por fim, percorrer a estrada de terra de 1,5 Km até o Parque Estadual do Guartelá.

Agora, partindo do centro de Tibagi, é necessário seguir pela PR-340 até a rotatória no Km 247. E, por fim, percorrer a estrada de terra de 1,5 Km até o Parque Estadual do Guartelá.