A Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana organizou um ato nesta terça-feira,5, na Rodoferroviária de Curitiba, para reivindicar justiça pela morte de Rachel e de tantas outras mulheres que permanecem sem solução. O movimento também reivindica a mudança do nome da Rodoferroviária de Curitiba, onde o corpo de Rachel foi encontrado, seja alterado para Rachel Maria Lobo Genofre.
CASO
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estaria hoje com 19 anos. Ela desapareceu no dia 3 de novembro de 2008 depois de sair da escola, Instituto Estadual de Educação do Paraná, por volta das 17h30, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo a Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.
O corpo de Rachel, na época com apenas oito anos, foi encontrado no interior de uma mala às 2h30 da madrugada de quarta-feira, 5 de novembro de 2008. O objeto e seus pertences estavam embaixo de uma escada no interior do terminal. A menina estava com o corpo seminu e apresentando sinais de violência sexual e estrangulamento. Ninguém sabe como a mala foi parar na Rodoferroviária. As câmeras de vigilância interna não estavam funcionando.
A Polícia Civil iniciou as investigações. Foram feitos vários exames de DNA. Ao longo das investigações, três pessoas chegaram a ser presas, mas a comparação dos materiais genéticos acabou inocentando os suspeitos. Um lençol encontrado com a vítima é um dos indícios usados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa para tentar localizar o autor do crime.
Em setembro de 2019, o DNA de um preso em Sorocaba foi comparado com o DNA encontrado na cena do crime e revelou que Carlos Eduardo dos Santos é o autor do crime hediondo contra a menina Rachel. Carlos vem cometendo crimes contra meninas e mulheres há 31 anos, impunemente. Agora, enfim, a justiça pode ser feita. Estaremos juntas, cobrando das autoridades, por mais políticas de proteção às meninas e mulheres da cidade de Curitiba e Região Metropolitana.