
O medo de desabastecimento provocou um cenário diferente em Curitiba nesta quarta-feira (23). Postos de combustíveis tiveram grandes filas de veículos que esperavam para 'encher o tanque'. O medo é por causa da greve dos caminhoneiros autônomos, que entrou no seu terceiro dia, e impede a chegada de caminhões na Capital, assim como em vários estados brasileiros. A corrida por combustível só fez acelerar a falta de gasolina em vários postos de Curitiba e Região. Já há postos fechando por falta de gasolina, em Curitiba, nos bairros Portão, Tarumã, Cidade Industrial de Curitiba, Batel, Água Verde, Campo Comprido, Hugo Lange, Bacacheri, Centro Cívico, Uberaba e Boa Vista, Rio Branco do Sul, Campo Largo, São José dos Pinhais e Pinhais.
O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências em Postos de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinpospetro), afirma que em alguma cidades como Paranaguá, no Litoral, a situação é alarmante. Segundo André Luiz Alexandrini, supervisor administrativo do sindicato, há apenas um posto na cidade que ainda tem gasolina e está cobrando R$ 6 o litro. "Pelo menos dois empresários de postos já ligaram para saber se pode descontar do salário do funcionário caso o posto feche", informou Alexandrini.
As filas nos postos continuavam na noite de ontem e devem continuar nesta quinta (24).
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A greve foi deflagrada na segunda-feira (21), e luta pela redução do preço do diesel, o maior custo da categoria. O governo tenta encontrar uma saída e nesta tarde chamou o comando de greve da categoria para debater o tema.
As empresas de ônibus que operam o sistema de Curitiba e região já informou que a frota será reduzida a partir desta quarta.
O Sindicombustíveis afirmou que “não recebeu nenhuma informação de desabastecimento nas maiores cidades do Paraná, conforme informações enviadas de Curitiba, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu”.
“Caso o movimento continue se expandindo com o bloqueio de estradas, podem ocorrer situações pontuais de dificuldade no abastecimento por conta destas interdições”, informou o Sindicombustíveis, em nota. O sindicato ainda se manifestou contrário à nova política de preços da Petrobras.