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Polícia Civil do Paraná Foto: Fábio Dias/EPR

Uma mulher aposentada de 60 anos de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, perdeu cerca de R$ 300 mil no “golpe do amor”. O relacionamento com o estelionatário durou sete meses que chegou a marcar a data do casamento, mas terminou o relacionamento um dia antes. Eles se conheceram nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná, a aposentada perdeu todo dinheiro da suas economias, dois carros e ainda fez empréstimos.

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O relacionamento acabou em 27 de setembro e foi quando a vítima suspeitou que tinha sido vítima do golpe do amor. Ela registrou boletim de ocorrência contra o golpista. O estelionatário foi localizado e preso em Taboão da Serra, no estado de São Paulo na sexta (17). A polícia descobriu também que eles fez vítimas em mais três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia, além do Paraná.

Para aplicar o golpe, o homem fingia estar comprando apartamentos para morar com as vitimas. Então, conseguia a assinatura das vítimas para abrir contas, fazer empréstimos e até comprar carros no nome das mulheres.

No caso da mulher de Colombo, as contas foram zeradas, dois carros foram comprados em seu nome e empréstimos foram realizados. A vítima percebeu que havia sido enganada ao conferir o saldo zerado em sua conta.

Veja outras modalidades do “golpe do amor”

  • Os golpistas exigem valores para que as vítimas tenham acesso a bens e dinheiro em espécie, supostamente retidos em aeroporto ou em Transportadora (Correios ou Courier).
  • Você recebe uma proposta de noivado ou casamento e o suposto noivo(a) manda caixas contendo presentes diversos, como anel, dinheiro em espécie etc. Depois alega que necessita de valores para enviar e liberar as encomendas no Brasil.
  • O golpista alega que quer morar no Brasil, e que enviou encomenda com parte da sua mudança para o país. Alega que a mudança estaria retida na Alfândega, pede para que a vítima faça depósitos ou transferências em conta corrente, para liberação da suposta encomenda.}
  • O golpista cria um roteiro de doença grave e são enviadas fotos falsas de uma pessoa sendo medicada. Com isso, alega que enviou os seus bens e dinheiro para a vítima e pede depósito de valores para tratamento, justificando que tudo que ele tinha já foi enviado para o Brasil.
  • O golpista alega estar em missão no exterior citando, por exemplo, um militar americano em algum país árabe (geralmente Síria ou Afeganistão), e envia presentes para a amada no Brasil. Para que os supostos presentes sejam liberados, o golpista informa que a vítima necessita pagar determinado valor e só assim os receberá.
  • O golpista alega estar preso na Receita Federal, com todos os seus bens apreendidos, e precisa que a vítima pague um valor para a Receita para liberá-lo.
  • As tratativas com o golpista iniciam-se normalmente por meio de redes sociais e são enviadas fotos da fictícia (falsa) pessoa. Após algum tempo, a conversa pode migrar para o WhatsApp e o golpista tenta obter mais informações, principalmente da situação financeira da vítima.
  • O golpista relata estar apaixonado e quer dar presentes, enviar anel de noivado, documentos e pretende se mudar para o Brasil para viver com a vítima.
  • O golpista envia uma foto de uma caixa contendo dinheiro em espécie, joias, documentos etc, alegando que essa caixa estaria retida pela Receita Federal e que, para retirá-la, é necessário fazer uma transferência ou pagar valores em nome do golpista ou de terceiros.
  • Os golpistas chegam a criar perfis falsos, se passando por estrangeiros em boas condições financeiras e com empregos prestigiados e estáveis. Normalmente, as fotos escolhidas são de mulheres ou homens jovens e bonitos
  • A quadrilha chega a criar sites falsos de empresas de Remessas Expressas (Courier), inclusive com número falso de rastreamento da suposta encomenda e encaminha mensagens com informações de contatos falsos de servidores da Receita Federal.
  • Normalmente o golpista não fala do passado, nem da família. Evita falar sobre si para não cair em contradição. Pode contar uma história comovente ou achar pontos em comum com a vítima para gerar conexão. Evita fazer chamada de vídeo. Também tenta extrair o máximo de informações da vítima.
  • Após a vítima pagar, a quadrilha bloqueia o contato ou desaparece.