Reprodução/Facebook – Renata teria sido estrangulada antes de ter seu corpo jogado do trigésimo primeiro andar

A morte da atleta Renata Muggiati completará seis anos no próximo domingo, dia 12 de setembro. Segundo a denúnica oferecida pelo Ministério Público do Paraná à Justiça, ela foi estrangulada e depois teve seu corpo jogado do trigésimo primeiro andar do edifício em que morava. O médico Raphael Suss Marques, namorado de Renata na época, é acusado pelo feminicídio. A expectativa dos advogados da família de atleta é de que o julgamento seja pautado ainda neste mês de setembro.

Segundo as investigações, Raphael Suss Marques matou Renata com um golpe de Jiu-Jitsu conhecido como mata-leão. Depois, teria jogado o corpo para tentar simular um suicídio. Depoimentos de amigos, clientes e colegas de trabalho de Renata teriam mostrado que Renata sofria com uma relação abusiva. Uma ex-namorada do médico teria relatado à Justiça que foi sido sufocada por ele até desmaiar. Ele já foi condenado por violência doméstica.

No caso de Renata Muggiati, as investigações comprovaram que a atleta foi morta e em seguida teve seu corpo descartado pela janela do apartamento em que morava com o Raphael. “Um assassinato frio, hediondo, cruel e seguido de dissimulação, da construção de uma mentira por parte do acusado. É isso que as investigações mostraram, as provas produzidas na instrução processual comprovaram e é por isso que ele está sendo acusado”, declarou Maria Francisca Accioly, advogada da família de Renata Muggiati e assistente Técnica de Acusação.

“A vida da minha irmã, que era o mais importante, já foi perdida. Ele já matou ela. A justiça precisa ser feita sim, mas no final a Renata não volta. No final ela continuará morta”, declarou a irmã de Renata, Thereza Christina Gabriel.

Falsa perícia

Raphael Suss Marques é acusado de comprar uma falsa perícia. O médico responsável pelo suposto laudo falso foi exonerado do cargo pelo governo do Paraná. “A Polícia Civil investigou e apontou indícios claros de uma fraude processual envolvendo um laudo de necropsia no corpo de Renata. O médico acusado da fraude, Daniel Colman, foi exonerado do cargo. Em seu lado ele afirmava que Renata estava viva quando caiu, mas os exames complementares feitos por uma junta média com quatro legistas do IML concluiu que Renata estava morta quando caiu. Os exames foram além e demonstram que Renata havia sido morta por asfixia”, explicou Maria Francisca.

“A justiça já abriu prazo para que acusação e defesa indiquem suas testemunhas e demais pedidos e o procedimento já está em andamento. Existe uma expectativa de que este julgamento seja pautado para esse ano e a data pode ser anunciada ainda em setembro”, afirma Maria Francisca Accioly, advogada da família de Renata e assistente da acusação. “Tratamos aqui de um caso com prova concretas, de provas científicas, provas com fundamento na medicina legal de que Renata foi assassinada covardemente. Raphael Suss Marques precisa e será condenado, a sociedade não permitirá a sua impunidade”.