Mortes em acidentes nas rodovias aumentam no Paraná

Redação Bem Paraná
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Estatísticas: acidentes e mortes em alta nas BRs (PRF)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta quinta-feira (17) um balanço e um alerta para as mortes em acidentes em trechos de rodovias federais no Paraná no primeiro semestre de 2025.

De janeiro a junho deste ano foram 302 mortes em sinistros de trânsito nos trechos federais, 8,2% a mais que no mesmo período de 2024, quando foram 279.

A PRF alerta que a maioria das fatalidades ocorreram em acidentes considerados evitáveis — causados por imprudência.

A colisão frontal é o tipo de sinistro com mais mortes. Apesar de representar apenas 6,5% do total de sinistros, foi responsável por 107 mortes, cerca de 35,4% do total.

Esse tipo de colisão ocorre, principalmente, devido a ultrapassagens proibidas ou malsucedidas, e ao excesso de velocidade.

Em 2024, quando já eram uma preocupação, as colisões frontais foram responsáveis por 94 mortes, 33,6% do total. Desta forma, o aumento dos números de óbitos revela um aumento na gravidade deste tipo de sinistro, que passou a causar mais mortes, diz a PRF no seu balanço.

Atropelamentos

Assim como acontece nas colisões frontais, os sinistros de atropelamentos de pedestres geram óbitos em desproporção com a quantidade de sinistros.

Correspondendo a apenas 4% dos sinistros, com 146 registros, os atropelamentos respondem por 16,2% dos óbitos (49 pedestres mortos).

Do total de atropelamentos, cerca de um terço resultou em morte, o que demonstra a fragilidade dos pedestres no trânsito.

Sinistros de trânsito

No primeiro semestre de 2025, nos quase quatro mil quilômetros de rodovias federais atendidos pela PRF no Paraná, foram registrados 3.636 sinistros, resultando em 4.017 feridos e 302 mortos. Esses números são maiores do que os registrados no mesmo período, em 2024, quando 3.630 sinistros resultaram 279 mortos. O número de feridos teve discreta diminuição – de 4.026 para 4.017.

Mais da metade das mortes (57%) continuam ocorrendo em rodovias de pista simples, onde as ultrapassagens são realizadas na contramão de direção. Esse tipo de via exige mais atenção dos motoristas, devido ao aumento do risco de colisões frontais, que ampliam a energia dos impactos.

A PRF registra sinistros que resultem em lesões ou mortes, danos ambientais, vazamentos de produtos perigosos ou outras implicações jurídicas, como a presença de motoristas alcoolizados ou inabilitados. Nas demais situações, os próprios envolvidos podem registrar eletronicamente.

Ainda, desataca-se que a maioria das mortes aconteceram em pistas secas (86,8%), em retas (70,2%) e de noite (51,7%).

“Por trás de cada um desses números que retratam a violência no trânsito brasileiro estão a dor e o sofrimento de famílias inteiras, destruídas pela perda repentina de pessoas queridas, ou atingidas por lesões e sequelas graves, muitas vezes com repercussão para o resto da vida”, observa Fernando César Oliveira, superintendente da PRF no Paraná. “As causas das ocorrências graves ou fatais geralmente são múltiplas, envolvem mais de um fator ao mesmo tempo. Em sua maioria, têm a ver com o comportamento inadequado, seja de motoristas, motociclistas ou pedestres, por exemplo. Geralmente são ocorrências perfeitamente evitáveis. Reduzir os índices de violência no trânsito é algo que não depende apenas do trabalho da polícia. Depende do conjunto do poder público, e de uma participação maior da sociedade civil”.