Acidente foi na Praça Tiradentes (Foto: João Frigério)

A motorista, 69 anos, que subiu no calçadão e atropelou quatro pedestres na região da Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, na tarde desta sexta-feira, 6 de outubro, saiu da prisão na tarde deste sábado (7). A defesa dela conseguiu a liberdade provisória.

Ela estava presa na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, desde a noite de sexta-feira. Ela deverá responder o processo em liberdade.

Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas entre elas uma mulher de 31 anos que teve a perna amputada na hora e fratura exposta na outra perna. A identidade da condutora não foi revelada. Apenas a idade dela e a informação de que ela seria de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

A motorista foi encaminhada ao hospital com ferimentos leves e informou que teve um mal súbito. O delegado responsável pelo caso, Edgar Santana, explicou que a prisão foi feita com base em informações passadas por testemunhas e da equipe policial e nas provas produzidas no local que não teriam deixado claro que a motorista teria sofrido um mal súbito. “Nada impede que essa nova prova seja produzida durante a tramitação do inquérito policial”, disse durante entrevista ocorrida na manhã deste sábado, 7 de outubro.

Ele justificou a prisão com base nas provas que são, principalmente o depoimento dos policiais, das testemunhas presenciais do fato. Conforme o delegado, houve indícios razoáveis de que havia materialidade. “Consideramos que houve negligência e imprudência na direção de veículo automotor. A prisão já foi devidamente comunicada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público”, disse

A motorista está presa na sede da Dedetran. Santana disse que nas próximas horas ela deve passar por uma audiência de custódia. Sobre a possibilidade de ser solta, o delegado disse que “não cabe fiança arbitrada pela autoridade policial tendo em vista que a pena ultrapassa os quatro anos. A fiança pode ser arbitrada pelo Poder Judiciário.”

Medicação

A motorista passou pelo teste do bafomêtro que deu resultado negativo. Durante o depoimento que, segundo o delegado Santana, que foi rápido e a motorista teria respondido de modo firme, ela teria dito que faz uso de um medicamento controlado. O delegado disse que será solicitado a perícia que faça a avaliação se este tipo de medicamento pode causa alteração da capacidade psicomotora. “Se isso for comprovado, poderá alterar a tipificação do crime de homicídio culposo para homicídio culposo qualificado.

Investigação

O delegado Edgar Santana disse que o prazo para a apuração do caso é de 10 dias para concluir o caso, uma vez que a investigada está presa. “Caso ela consiga a liberdade provisória o caso passa para 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias se necessário”, afirmou.

A motorista poderá ser solta após passar por uma audiência de custódia, prevista para ser no domingo ou segunda-feira.

Até o momento três pessoas foram ouvidas no inquérito.