
Ao longo do mês de maio, museus de estaduais de Curitiba serviram de cenário e set de gravação para o filme “A Arte do Roubo”, novo longa-metragem do premiado cineasta paranaense Marcos Jorge.
Locais como o Museu Oscar Niemeyer (MON), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR), Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) e a futura Fábrica de Ideias foram os cenários para a trama cinematográfica.
A movimentação intensa das gravações mobilizou os espaços culturais em dias com e sem público. A produção envolve cerca de 1.500 profissionais, incluindo elenco, equipe técnica, dublês e mais de mil figurantes.
No MON, por exemplo, as filmagens ocorreram às segundas-feiras, quando o museu está fechado ao público, e durante a madrugada. Esse inclusive será o cenário do “roubo”. Essa foi a primeira grande gravação de um filme num dos espaços mais icônicos da Capital.
A Sala 2 do MON, atualmente fechada ao público para preparação de uma nova mostra, foi ocupada cenograficamente durante as gravações com obras de acervo do MAC-PR. Dentre os trabalhos escolhidos pela equipe de produção, que contou com apoio do MAC-PR, estavam peças de artistas como Fernando Velloso, Dulce Osinski, Guita Soifer e Fernando Calderari, todos compondo a ambientação da trama.
O filme do diretor de “Estômago” conta com nomes como Reynaldo Gianecchini, Carla Diaz, Bukassa Kabengele, Débora Nascimento, Otávio Linhares e Fábio Silvestre. Durante as gravações, era possível encontrar Reynaldo Gianecchini caminhando pelos corredores do MON ou a atriz Carla Diaz ensaiando suas falas junto às exposições do MIS-PR.
“Um museu é um espaço vivo e dinâmico. Nas últimas semanas, tivemos a alegria de ver parte do MON abrigar as locações de uma nova produção do cinema brasileiro, dirigida pelo curitibano Marcos Jorge”, afirma a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika. “Além das funções óbvias de abrigar e enriquecer acervos de arte, realizar grandes exposições e oferecer ao público atividades educativas, um Museu tem a função de ser um espaço permanente de diálogo com a população e isso acontece de inúmeras maneiras, entre elas, como fomentador cultural”.
Além dos espaços culturais do Estado, o diretor filmou cenas no Circo da Cidade, no bairro Boqueirão, em Curitiba, no Porto de Paranaguá, e restaurantes e casarões da Capital. O filme deverá estrear nos cinemas em 2026.