Não se engane, piscinas representam risco de afogamento mesmo no inverno

Editado por Mario Akira
piscina

Piscina. Imagem ilustrativa (Foto: Akemi Nitahara/Agência Brasil)

Visando o Dia Mundial de Prevenção de Afogamentos, marcado no dia 25 de julho, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça o alerta para os riscos de afogamento em piscinas mesmo fora da temporada de verão.

Embora o frio reduza o uso recreativo das piscinas, elas continuam presentes em academias, clubes, escolas e residências, o que exige atenção redobrada de pais, responsáveis e profissionais da área.

Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 16 pessoas morrem afogadas por dia no Brasil, sendo quatro delas crianças e duas adolescentes. Entre as crianças de 1 a 9 anos, mais da metade dos casos acontece em ambientes domésticos, com destaque para as piscinas. Outro dado preocupante é que a maioria das vítimas com idade entre 4 e 12 anos sabia nadar, o que reforça a importância da supervisão constante independentemente do nível de habilidade aquática.

O CBMPR alerta que boias de braço não são suficientes para evitar afogamentos, além de muitas vezes passarem uma falsa sensação de segurança. Por isso, é essencial manter a vigilância ativa sobre crianças o tempo todo, evitando deixar brinquedos próximos à água, desligando bombas e filtros durante o uso da piscina, e garantindo que o local tenha barreiras de proteção como grades ou portões com travas.

PCPR e PMPR prendem 30 pessoas em ação contra grupo que movimentou R$ 4,3 milhões com tráfico
No caso de piscinas públicas, é fundamental ainda a presença de guarda-vidas qualificados. Outro fator que deve ser observado pelos responsáveis é existência de dispositivos de segurança, especialmente de sistemas antiaprisionamento nas bombas de sucção – os mecanismos instalados no sistema de sucção das piscinas evitam que as pessoas se afoguem ao ficarem presas no fundo da piscina pelos cabelos, roupas, braços ou pernas.

Outro ponto crítico é a conduta em situações de emergência. Entrar na água para tentar salvar alguém sem ter o preparo técnico adequado pode gerar uma segunda vítima.

A campanha de prevenção promovida pelo CBMPR reforça que o afogamento é uma tragédia silenciosa, que pode ser evitada com informação, atenção e atitudes simples. Assim como nas cachoeiras, rios e lagos, onde 76% das mortes por afogamento ocorrem, o ambiente aparentemente seguro de uma piscina também pode esconder perigos letais – sobretudo para os mais vulneráveis.

Confira as principais recomendações de segurança em piscinas:

– Nunca deixe crianças sozinhas, mesmo que saibam nadar

– Evite o uso de boias de braço, que não são equipamentos de segurança

– Mantenha brinquedos afastados da borda da piscina para não atrair os pequenos

– Desligue bombas e filtros durante o uso para evitar acidentes com sucção

– Instale grades, cercas ou portões com trava em piscinas residenciais

– Verifique se há dispositivos de segurança contra aprisionamento nas bombas

– Exija a presença de guarda-vidas qualificados em piscinas públicas

– Não tente realizar salvamentos sem preparo técnico

– Em caso de emergência, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193