Nem ar-condicionado, nem ventilador: em Curitiba o que mais se vende neste verão é guarda-chuva

O verão chegou. E com a estação mais quente do ano, também acabaram vindo os dias de chuva em Curitiba. Um cenário que tem movimentado, curiosamente, tanto o mercado de guarda-sóis como o de guarda-chuvas na cidade, para a alegria de alguns comerciantes.

• Nesta terça tem raro alinhamento de sete planetas; veja dicas e horário para observar
• Ciclone extratropical eleva risco de temporais em parte do Paraná; confira como fica o tempo

Localizada há mais de 40 anos na Galeria General Osório (em frente à Praça Osório), a Sombrinha Ideal é um exemplo disso. Especializada na venda e conserto de sombrinhas, guarda-chuvas e guarda-sóis, a empresa costuma focar mais em guarda-sóis na estação mais quente do ano. Como o verão está sendo um pouco mais molhado do que de costume, no entanto, o movimento tem sido diferente.

“Nosso ramo é diretamente ligado ao tempo e a gente tem tido um mix, com um pouco de chuva e um pouco de sol ao longo dos dias. Esta época do ano, período entre dezembro até o Carnaval, costuma ter mais conserto e venda de guarda-sol, porque é uma época que o pessoal vai para praia. Mas na hora que chove, aí aparece a demanda por sombrinha. Então está com um mix, um pouquinho de cada um, o que é uma coisa que ajuda bastante a gente”, comenta Márcia Stanczyk, proprietária da empresa, recordando que o verão passado não foi tão úmido.

“Ano passado a estação foi mais seca. Agora está chovendo mais, e a maioria só lembra do guarda-chuva quando está chovendo. É quando o pessoal traz para arrumar, vem comprar… Porque as vezes a pessoa sai de casa e é na hora de usar que percebe que a sombrinha está quebrada, daí lembra de trazer para arrumar. Hoje, por exemplo, deu uma pancada de chuva mais forte. Nessas horas, o pessoal já entra aqui e começa a procurar. É quando a gente vende mais”, emenda ainda a empresária.

“Nunca vi tanta gente comprando tanto guarda-chuva”

O relato de Márcia, inclusive, é parecido com o de Camila Moreira, vendedora da Tecnmax Variedades. Somente na segunda-feira (20 de janeiro), e graças a um “pancadão” de chuva durante a tarde, mais de 50 sombrinhas foram vendidas pelo estabelecimento, que fica perto da Praça Zacarias, também no Centro da cidade.

“Aumentou muito a procura por guarda-chuva e também temos uma variedade de sombrinhas aqui, com preço muito bom. Mas quando chove… Que curitibano que não leva guarda-chuva?! [risos] Mas o povo esquece, e aí quando começa a chover, vem aqui. É a hora que bomba mesmo. Inclusive, nunca vi tanta gente comprando tanto guarda-chuva. A gente tem que ficar repondo o estoque todo dia aqui, porque sai que é uma beleza. Não pode faltar de jeito nenhum”, relata.

Campeão de vendas no Natal 2024

Na Tecnmax Variedades, um detalhe curioso é que a venda de guarda-chuvas está aquecida desde o final do ano passado. E aquecida ao ponto de o produto ter sido um dos “campeões de vendas” no período natalino. “Final do ano bombou demais por conta do Natal. O que teve de gente dando de presente de Natal guarda-chuva, é uma coisa que não está escrita. Foi a melhor venda que a gente teve. Foi o produto que mais saiu, junto com uma caixinha de som que a gente tem”, conta Camila Moreira.

Na loja, inclusive, opções é o que não falta para os clientes, com guarda-chuvas que custam de R$ 23 a R$ 50. E mesmo quando não chove, comenta ainda a vendedora, ainda tem demanda dos curitibanos pelo produto. “Mas é uma coisa bem menor do que quando chove. Quando chove, principalmente, é que sai bastante”, diz ela, explicando que a demanda maior tem sido por uma sombrinha com protetor solar que custa R$ 35. “Elas estão numa forma mais pequenininha, mas quando abre fica num tamanho igual das outras. Ela é bem grande, bem resistente. É o modelo que mais tem saído.”