Paraná Mobilidade urbana

Novo transporte de Curitiba: R$ 3,7 bi em ônibus elétricos e itinerários ágeis

Prefeito Eduardo Pimentel apresenta modelagem do novo contrato de concessão do transporte coletivo e abre consulta pública

SMCS, editada por Ana Ehlert
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Novo Transporte Coletivo de Curitiba terá mais ônibus elétricos e itinerários mais ágeis (Foto: Franklin de Freitas/ Arquivo Bem Paraná)

O novo modelo do transporte público de Curitiba deve receber R$ 3,7 bilhões de investimentos, conforme anuncio já feito pela Prefeitura. O projeto pretende modernizar o sistema de transporte da capital com a integração total entre linhas, além de renovação da frota e novos itinerários mais ágeis para atender a população.

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O detalhamento do projeto, bem como a ampliação da frota elétrica, renovação da movida a diesel, redesenho de itinerários, novas rotas de ônibus além da criação de um fundo garantidor público para dar mais segurança financeira ao sistema serão apresentados nesta sexta, 19, à população.

Contrato do novo transporte de Curitiba tem leilão previsto para janeiro

O edital do novo contrato, que substituirá a atual concessão, deve ser publicado em novembro, com previsão de leilão em janeiro de 2026. O prefeito Eduardo Pimentel apresenta esses e outros detalhes às 9h30, no Palácio 29 de Março.

O modelo de gestão que será adotado, os lotes que vão a leilão, os investimentos e subsídios previstos, os benefícios e o que muda com a nova concessão serão apresentados pelo prefeito. A reunião contará com a presença da Urbanização de Curitiba (Urbs), o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Urbs) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), parceiro do município na estruturação do projeto.

Reunião marca início de consulta pública do novo transporte de Curitiba

Nesta sexta-feira, o prefeito também dá início à consulta pública sobre o novo contrato, para que cidadãos, representantes de entidades governamentais, comunitárias e setoriais possam contribuir com sugestões e propostas antes da publicação do edital e a realização do leilão.

Além da consulta pública, que vai até 17/10, haverá duas audiências públicas, que serão realizadas em 1 e 15/10, no Centro de Eventos Imap do Parque Barigui.

Dez pontos da nova concessão do transporte coletivo de Curitiba

Transição

No período de transição entre os dois modelos (antigo e novo contrato de concessão), estimado em até 24 meses, a tarifa será mantida em R$ 6.

Investimento

Os investimentos previstos de R$ 3,9 bilhões incluem a aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos, de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos ao longo de 15 anos.

Eletropostos

Prevê a construção de dois eletropostos públicos, com 42 carregadores, nos próximos cinco anos, e infraestrutura de carregamento nas garagens (107 carregadores).

Assentos com zero emissões

A ideia é que 33% da oferta de assentos na frota seja zero emissões até 2031. “ão ônibus modernos, com conforto acústico e térmico, ar-condicionado e não poluentes.

Cinco Lotes

O edital terá cinco lotes que vão abranger todo o sistema, com exceção da Linha Turismo, que vai passar por mudanças, com regras próprias. Serão dois lotes para os eixos Norte/Sul e Leste/Oeste, um para Linhas Diretas/Ligeirinhos e dois para os convencionais..

Integração temporal ampla

Um dos avanços da nova concessão é a integração temporal ampla. Além da integração física em terminais e estações-tubo e das conexões temporais existentes, haverá a criação da integração total entre ônibus convencionais, por 30 minutos, 1 hora. O passageiro fará o seu trajeto de ônibus pagando uma única passagem

Fundo garantidor

Criação de um fundo garantidor para a concessão como um todo, que será abastecido por recursos do Fundo de Participação dos Municípios, dos repasses do IPI, do ICMS e do Imposto de Renda, que poderá ser utilizado em caso de inadimplência e também como subsídio, garantindo maior segurança financeira e contratual ao sistema

Subsídio às gratuidades

Outras formas de subsídio para o transporte coletivo também estão sendo estudadas dentro do novo Marco Legal do setor, que prevê, por exemplo, a possibilidade do pagamento das gratuidades dos idosos pelo governo federal. “As gratuidades (idosos e estudantes) hoje são pagas pelo município. Em Curitiba, são R$ 150 milhões por ano, que podem ser usados para reduzir o custo do sistema com impacto no preço da tarifa”, afirma Maia Neto.

Pagamento por quilômetro rodado

O projeto da nova concessão também traz mudanças na remuneração das operadoras, com a substituição do modelo “pagamento por passageiros equivalente” pelo modelo “pagamento pelo quilômetro rodado”. “É importante dizer que esta nova modalidade por quilômetro rodado já está adequada à nova legislação federal”, diz Maia Neto.


Subvenção econômica

O projeto encaminhado à CMC também autoriza subvenção econômica para reduzir o custo de capital de investimento em frota e postos de recarga. “A subvenção é importante porque faz com que a remuneração seja pelo serviço prestado e que nós tenhamos acesso a financiamentos internacionais e ao financiamento do PAC, através do BNDES e também através do Banco KFW, que é o Banco Alemão”, disse o presidente da Urbs.

Serviço

Prefeito Eduardo Pimentel apresenta modelagem do novo contrato de concessão do transporte coletivo e abre consulta pública
Data : 19/9
Horário: 9h30
Local: Salão Brasil da Prefeitura de Curitiba – Avenida Cândido de Abreu, 817, Centro Cívico