
Uma criança de apenas três anos de idade foi encontrada morta dentro de um lago na Estrada Rural do Guabiroba, em Guarapuava, na região central do Paraná. O caso, registrado na manhã desta terça-feira (5 de novembro), é mais uma tragédia envolvendo afogamentos no estado, uma vez que esse tipo de ocorrência está em alta no estado em 2024.
Segundo informações da Polícia Militar (PMPR) e do Corpo de Bombeiros, o menino havia desaparecido há cerca de duas horas. Equipes de policiais, bombeiros, familiares e vizinhos começaram a ajudar nas buscas, até que um morador da região informou ter encontrado a vítima num lago. A corporação foi até o local e constatou o óbito.
Conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR), que agora investigará a situação, o caso se trata, em princípio, de um afogamento. Ou melhor: de mais um afogamento em 2024.
Desde o começo do ano até hoje (6 de novembro), um total de 926 incidentes com pessoas em meio líquido foram registrados no Paraná. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando haviam sido anotadas 748 ocorrências, verifica-se um aumento de quase 24% no total de registros.
Além das ocorrências, contudo, os óbitos também estão em alta, mostram dados do Corpo de Bombeiros.
Em 2023, entre o dia 1º de janeiro e 6 de novembro, 63 pessoas haviam falecido no Paraná em decorrência de afogamentos.
Já em 2024, no mesmo período, foram anotados 68 óbitos. O que significa que o número de mortes por afogamento teve alta de quase 8%.
Os números servem, também, de alerta. Isso porque a temporada de verão, que se aproxima, costuma ser o período com mais afogamentos no estado.
Dicas de segurança
Em caso de afogamentos e emergências, deve-se acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199). Os bombeiros, inclusive, destacam que o conhecimento das instruções sobre segurança em rios, cachoeiras, praias e piscinas é fundamental para garantir um verão tranquilo e prevenir incidentes.
Nas praias, é preciso se atentar para banhos apenas em áreas protegidas por guarda-vidas, que podem ser identificadas pelas bandeiras de cor vermelha sobre amarelo. Também é importante respeitar a sinalização, as bandeiras e orientações dos guarda-vidas, evitando entrar no mar próximo a pedras, estacas e píeres. Fundamental também que os banhistas procurem entrar no mar sempre acompanhados, que mantenham a supervisão constante sobre crianças e evitem consumir bebidas alcoólicas antes de nadar.
No caso de outras fontes de água, os cuidados se mantêm. Em piscinas, é preciso instalar grades de proteção ao redor para que as crianças não caiam na água e quando a piscina estiver sendo usada o filtro deve permanecer desligado para evitar a sucção de cabelos. Em rios, é desaconselhável saltar de cabeça, especialmente em locais em que não se conhece a profundidade e a presença de pedras. Assim como na praia, dispositivos flutuantes (bóias de braço e de cintura, colchões infláveis, câmaras de ar, pranchas) não devem ser utilizados, pois estão sujeitos a ação de correntezas que podem levar o banhista para áreas mais profundas.
Afogamentos no Paraná
2024
Ocorrências: 926
Óbitos: 68
2023
Ocorrências: 748
Óbitos: 63