O óleo de cozinha usado virou o novo chamariz de assaltantes. Donos de restaurantes, bares e lanchonetes de Curitiba, alvo de quadrilhas especializadas, tem denunciado mais esse risco da atividade às autoridades. Segundo Fábio Aguayo, presidente da Associação de Bares, Restaurantes (Abrabar), o alto valor do produto no mercado é o chamariz.
Um barril de 60 litros tem um valor de R$ 300, R$ 450, no mercado paralelo segundo Aguayo. O produto é insumo para indústria de biocombustível, de detergente e para falsificações que colocam em risco à saúde pública. Uma das falsificações mais comuns é, após a filtragem para retirar as impurezas, é uso como óleo ou azeite culinário.
Habibs foi alvo da quadrilha de roubo de óleo de cozinha usado
Em Curitiba, o alvo mais recente foi loja do Habibs, localizada no bairro Rebouças. No local, os assaltantes não tiveram sucesso no roubo do óleo. Pelas imagens, dá para ver que os assaltantes arrombaram o local errado. O local abrigava apenas as lixeiras.
O proprietário da loja, Gustavo Grassi, contou que antes da tentativa de assalto, a loja teria sido visitada por duas pessoas que foram pedir o óleo. “Mas, como temos contrato e por determinação ambiental, não podemos dar o óleo para ninguém, pois ele é rastreado”, explicou.
De acordo com as normas ambientais e sanitárias, os estabelecimentos precisam responder pelo destino dado aos resíduos da atividade. Empresas certificadas fazem a coleta e o descarte correto do óleo de cozinha usado em restaurantes, bares, lanchonetes e similares.
Conforme relato da segurança da loja, a equipe tática chegou a acionar a Polícia Militar (PMPR), mas quando eles chegaram, os assaltantes já tinham deixado o local.
Grassi revelou que gastou cerca de R$ 28 mil após tentativas de furtos sucessivas ocorridas nas lojas da Silva Jardim e da Sete de Setembro. “Fui obrigado a colocar grades em todas as janelas”, disse.
Segundo Fábio Aguayo, os assaltantes têm roubando óleo de cozinha usado em plena luz do dia “Aqui em Curitiba várias quadrilhas agem descaradamente seja a luz do dia ou à noite, enganam funcionários ou arrombam os estabelecimentos, além de irem atrás do óleo usado de cozinha, que tem grande valor mercado, eles aproveitam para roubar outros objetos e pertences”, denuncia
Aguayo disse ainda que o setor está solicitando junto a segurança pública junto com a Prefeitura de Curitiba uma força tarefa conjunta com blitz e serviço de inteligência para interceptar e abordar veículos que transportam este tipo de produto.