Olimpíadas e o brincar no universo infantil

Temas são abordados na mostra do Museu da Vida da Pastoral da Criança

Bem Paraná

Pula, corre, joga bola. Descansa. Corre de novo, cria uma história. Salta um obstáculo. As crianças têm uma imaginação fértil, são capazes de criar uma história e brincadeiras a partir de poucos objetos, ou mesmo em um espaço pequeno. Faltando poucos dias para o início das Olimpíadas no Rio de Janeiro, dia 5 de agosto, o sonho de tornar-se um jogador de futebol, uma jogadora de basquete ou participar de uma prova de ciclismo não parece tão distante.

Pensando em tratar as duas questões, o Museu da Vida está com uma nova exposição aberta: O brincar e as Olimpíadas. A mostra aborda os benefícios do brincar no desenvolvimento infantil, como isso pode influenciar na descoberta de novos atletas e discute a realização do evento no Brasil.

Algumas das modalidades de esportes previstas na competição foram transformadas em brincadeiras no Museu. Corrida, arremesso, marcha atlética e levantamento de peso são algumas atividades que estão disponíveis aos visitantes, até àqueles que não são muito fortes — os pesos, por exemplo, são de isopor para todo mundo poder brincar.

A educadora e assistente técnica da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança, Márcia Mamede, ressalta é comum o conhecimento de que toda criança tem direito a uma boa alimentação, à escola, à assistência médica. Mas também ao direto fundamental de brincar. Esse direito é garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 16, que estabelece que a criança tem o direito a brincar, praticar esportes e divertir-se, afirma.

Ela explica que brincar é uma necessidade para o desenvolvimento da criança. No entanto, o que nós temos visto é que vêm diminuindo as oportunidades para as crianças brincarem, principalmente juntas e ao ar livre. A educadora afirma que o maior erro dos pais quando o assunto é brincar é tentarem mandar na brincadeira. Não mandem, diz. Segundo é achar que só comprando brinquedo é que a criança brinca. Criança não precisa do brinquedo, brinquedo até enriquece, mas ela brinca de muitas outras maneiras, afirma.

Os recursos destinados a mostra relativos aos jogos também fazem parte das reflexões propostas pela exposição que pontua muito bem a capacidade que a criança tem de criar o seu brinquedo, a sua brincadeira.

Para conhecer a mostra, basta comparecer ao Museu da Vida, das 8 às 19 horas. O espaço abre todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados, e fica na Rua Jacarezinho, 1691, bairro Mercês, em Curitiba.

Na página da pastoral da crianças trazem sugestões de várias brincadeiras para as crianças. Para os interessados vale a pena conferir.


BRINCADEIRAS SEM MATERIAL (OU SEJA, SEM BRINQUEDOS)

A cesta virou
Como brincar: as crianças ficam sentadas em roda. Cada criança escolherá o nome de uma fruta. O brinquedista diz: Vai passando o fruteiro que leva (por exemplo) banana e laranja. Quando as crianças que escolheram banana e laranja ouvirem o nome de suas frutas, têm que trocar de lugar. Quando o brinquedista disser: A cesta virou, todas as crianças trocam de lugar.

Acorda oncinha
Como brincar: uma criança é escolhida para ser a oncinha e fica num lugar determinado pelo grupo como sua toca, para dormir. As outras crianças vão andando, bem devagarzinho, em silêncio, até a onça. Quando estiverem bem perto, todas gritam juntas: Acorda oncinha. A oncinha levanta e corre atrás das outras. Quem for pego, vira oncinha também. A brincadeira termina quando todas tiverem sido pegas. Observação: esta brincadeira também é chamada de Corre seu Urso. Quem for pego vira seu Urso e é quem vai pegar as outras.

Banana podre
Como brincar: fazer duplas de crianças que ficam em pé, uma em frente à outra. Uma terceira é a banana podre que vai ficar no meio das duas e fazer corpo mole sem que seus pés saiam do lugar, devendo ser empurrada pelas outras para frente e para trás. Depois trocam de lugar até que todas as crianças tenham sido banana podre.