Padre de Paranaguá que voava em balões desaparece no Litoral catarinense

Adelir de Carli tentava bater recorde voando 20 horas consecutivas

Redação Bem Paraná com agências

Equipes do Corpo de Bombeiros começaram, na noite deste domingo (20), as buscas pelo padre Adelir de Carli, que tentava bater um recorde voando pendurado em balões de festa. Ele partiu pela manhã de Paranaguá, no Litoral paranaense, com o objetivo de ficar 20 horas no céu. O mau tempo, no entanto, o teria levado em direção ao mar, causado a queda dos balões perto de São Francisco do Sul.


Pouco antes da queda, equipes de resgate fizeram contato, via celular, com Adelir, que chegou a ficar a mais de 50 Km da costa. Barcos da Capitania dos Portos vasculhavam o Litoral Norte de Santa Catarina, mas um deles voltou por volta das 23h30, por causa do mau tempo e do mar agitado. As informações foram do programa Revista RPC.


Não foi a primeira vez que Adelir de Carli voa usando balões de festa gigantes para promover a fé. O vôo anterior ao do Litoral foi em 13 de janeiro, quando saiu na cidade de Ampére, no Paraná, e depois de 4h15 de vôo, pousou em San Antônio, já em território argentino — a 110 quilômetros de onde partiu.  Padre Adelir voa para promover as ações da pastoral rodoviária, que faz missas nas estradas e dá apoio espiritual aos motoristas


Os balões usados pelo Padre Adelir são enchidos com gás hélio, o mesmo usado em bexigas. Um por um, os balões foram sendo amarrados em cordas. Para se aproximar do chão e pousar, o padre usa um estilete: foi furando e soltando uma parte dos balões. Na última viagem do padre, os balões atingiram 5,3 mil metros de altitude. Ele usa roupa térmica e capacete. A parte mais difícil foi calcular a quantidade necessária de balões pra tirar do chão, o padre e todo o equipamento necessário. A conta partiu de uma observação bem simples: cada balão é capaz de erguer mais ou menos meio quilo. Como padre e equipamento pesam duzentos quilos, para decolar, com folga, foram usados 500 balões.