Padre Parron assume o Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em missa celebrada neste domingo

Redação Bem Paraná com assessoria
Padre Parron

Padre Parron toma posse como reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no domingo

A equipe de missionários redentoristas que estará à frente do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro será empossada neste domingo, dia 13 de janeiro, durante a missa das 10h30. O novo reitor do Santuário é o padre Joaquim Parron, doutor em ética social, conhecido por suas ações sociais nas periferias de Curitiba. A celebração será presidida pelo bispo auxiliar de Curitiba, dom Reginei Modolo.

Além de padre Parron, o grupo de missionários redentoristas será composto pelos padres Rodrigo de Castro, Pedro Luís, Adriano Franzoi e Charles Coury, e também pelos fraters Andrey Remer e Aurélio Rodrigues. Todos estarão envolvidos nos trabalhos de evangelização e nas ações comunitárias junto à população necessitada.

Desde que o nome do padre Parron foi anunciado, a preocupação da sociedade curitibana era com relação à continuidade dos trabalhos comunitários desenvolvidos por ele junto ao Movimento SOS Combate à Fome. O Movimento foi criado pelo religioso, com apoio de outros líderes católicos, no início da pandemia de Covid-19, inicialmente com o nome de SOS Vila Torres, e atualmente promove a entrega de 2 mil cestas básicas por mês em sete comunidades carentes das periferias de Curitiba.

No entanto, Parron garante que as atividades sociais serão mantidas e até mesmo ampliadas. “O próprio arcebispo, Dom José Antonio Peruzzo, prometeu total apoio e me pediu pessoalmente que o trabalho junto aos desassistidos seja mantido”, afirma o redentorista. Por isso o grupo foi reforçado e, segundo Parron, está animadíssimo para abraçar as ações.

Movimento SOS Combate à Fome

Quando as igrejas e lojas se fecharam no início da pandemia, em 2020, o padre Joaquim Parron organizou mutirões para a produção e entrega de marmitas às pessoas que viviam na vulnerabilidade social. Nascia ali o Movimento, inicialmente chamado SOS Vila Torres, com a missão de ajudar catadores de materiais recicláveis moradores da Vila, que foram bastante afetados com a pandemia. Porém, logo as ações cresceram ainda mais, chegando a sete comunidades pobres da capital.

O Movimento passou a se chamar SOS Combate à Fome, arrecandando e entregando milhares de cestas básicas às famílias fragilizadas pelo Covid-19. O sacerdote chamou a atenção da sociedade e da imprensa porque, enquanto as igrejas fechavam suas portas para evitar o Covid-19, ele, com os devidos cuidados, foi às ruas para realizar ações sociais em prol dos mais necessitados.

Atualmente, cerca de 2 mil cestas básicas são distribuídas todos os meses a pessoas desassistidas. Além disso, cursos de capacitação são oferecidos e também são organizadas ações de encaminhamento dos profissionais a vagas de trabalho. “Não basta dar o peixe. Precisamos ensinar a pescar e garantir o acesso aos rios”, compara padre Parron.

O religioso vê a missão de assumir o Santuário do Perpétuo Socorro como uma oportunidade de chegar a mais pessoas com o serviço de evangelização e também com a sensibilização para ações de solidariedade.

“Jesus caminhava com os doentes, os pobres e os marginalizados da sociedade de seu tempo e anunciava a Palavra de Deus. Percebo que a minha missão é evangelizar as pessoas e promover, a partir da caridade, a solidariedade com os que sofrem. Uma Igreja somente tem êxito quando anuncia profeticamente o amor a Deus e o amor ao próximo, que muitas vezes é o excluído da sociedade”, declara.

Padre Joaquim Parron é doutor em ética social pela the Catholic University of America, de Washington, DC, mestre em pedagogia universitária pela PUCPR, licenciado em filosofia e psicologia e graduado em teologia. Também é professor de teologia moral na Faculdade Claretiana, em Curitiba.