Posse de Padre Parron
Missa de posse de Padre Parron como Reitor e da nova Comunidade Redentorista (Crédito: Luis Pedruco)

O novo reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Curitiba, o padre Joaquim Parron, CSsR, tomou posse em uma missa na manhã desse domingo (dia 14). A celebração foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Curitiba, Dom Reginei Modolo, no Alto da Glória, em Curitiba.

O momento de celebração foi marcado também pela posse da nova Comunidade, formada pelos Missionários Redentoristas: Padre Charles Coury, CSsR, Padre Pedro Luís dos Santos, CSsR, Padre Rodrigo Castro, CSsR, Padre Adriano Franzoi, CSsR, Frater Andrey Reimer, CSsR, e Frater Aurélio Rodrigues, CSsR.

Padre Parron já foi Superior Provincial dos Redentoristas, na antiga Província de Campo Grande. Trabalhou como missionário no interior de Mato Grosso do Sul e também foi Reitor do Santuário de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná. Sua formação acadêmica abrange diversas áreas do conhecimento. Além de filosofia, psicologia e teologia, é mestre em pedagogia universitária pela PUCPR e doutor em teologia moral pela Catholic University of America, Estados Unidos. Atualmente, leciona no Centro Universitário Claretiano e tem uma forte atuação evangelizadora nas periferias da capital paranaense.

A missão da nova Comunidade do Santuário
Para o padre Parron, a missão que ele assumiu, de fato, pertence à Comunidade Religiosa Redentorista, pois todo o trabalho dos religiosos da comunidade é feito em comum. “Nós somos missionários que vivemos e trabalhamos em uma comunidade Redentorista. Seremos vários confrades atuando no Santuário do Perpétuo Socorro. O reitor é apenas aquele que articula e anima a comunidade missionária, mas a missão é de todos”.

Segundo Padre Parron, cada confrade assumirá uma dimensão do Santuário, sendo um trabalho missionário conjunto. A ênfase será na espiritualidade, para que gere missionários leigos para a atuação em várias frentes da Igreja na Arquidiocese de Curitiba. “Temos que fazer uma missão dinâmica e uma evangelização encarnada na vida do Povo de Deus, sendo uma ‘Igreja em Saída missionária'”, ressaltou o redentorista.

Movimento SOS Combate à Fome

Desde que o nome do padre Parron foi anunciado, a preocupação da sociedade curitibana era com relação à continuidade dos trabalhos comunitários desenvolvidos por ele junto ao Movimento SOS Combate à Fome. O Movimento foi criado pelo religioso, com apoio de outros líderes católicos, no início da pandemia de Covid-19, inicialmente com o nome de SOS Vila Torres, e atualmente promove a entrega de 2 mil cestas básicas por mês em sete comunidades carentes das periferias de Curitiba.

No entanto, Parron garante que as atividades sociais serão mantidas e até mesmo ampliadas. “O próprio arcebispo, Dom José Antonio Peruzzo, prometeu total apoio e me pediu pessoalmente que o trabalho junto aos desassistidos seja mantido”, afirma o redentorista. Por isso o grupo foi reforçado e, segundo Parron, está animadíssimo para abraçar as ações.

Quando as igrejas e lojas se fecharam no início da pandemia, em 2020, o padre Joaquim Parron organizou mutirões para a produção e entrega de marmitas às pessoas que viviam na vulnerabilidade social. Nascia ali o Movimento, inicialmente chamado SOS Vila Torres, com a missão de ajudar catadores de materiais recicláveis moradores da Vila, que foram bastante afetados com a pandemia. Porém, logo as ações cresceram ainda mais, chegando a sete comunidades pobres da capital.

O Movimento passou a se chamar SOS Combate à Fome, arrecadando e entregando milhares de cestas básicas às famílias fragilizadas pelo Covid-19. O sacerdote chamou a atenção da sociedade e da imprensa porque, enquanto as igrejas fechavam suas portas para evitar o Covid-19, ele, com os devidos cuidados, foi às ruas para realizar ações sociais em prol dos mais necessitados.

Atualmente, cerca de 2 mil cestas básicas são distribuídas todos os meses a pessoas desassistidas. Além disso, cursos de capacitação são oferecidos e também são organizadas ações de encaminhamento dos profissionais a vagas de trabalho. “Não basta dar o peixe. Precisamos ensinar a pescar e garantir o acesso aos rios”, compara padre Parron.

O religioso vê a missão de assumir o Santuário do Perpétuo Socorro como uma oportunidade de chegar a mais pessoas com o serviço de evangelização e também com a sensibilização para ações de solidariedade.

“Jesus caminhava com os doentes, os pobres e os marginalizados da sociedade de seu tempo e anunciava a Palavra de Deus. Percebo que a minha missão é evangelizar as pessoas e promover, a partir da caridade, a solidariedade com os que sofrem. Uma Igreja somente tem êxito quando anuncia profeticamente o amor a Deus e o amor ao próximo, que muitas vezes é o excluído da sociedade”, declara.