A Polícia Científica do Paraná (PCP) concluiu a coleta de material genético de 394 pessoas privadas de liberdade na Casa de Custódia de Curitiba, em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e a Polícia Civil do Paraná (PCPR). O objetivo é atualizar o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), ferramenta essencial para a elucidação de crimes.
Essa foi a primeira etapa de 2025 na capital. Ao longo do ano, outras unidades prisionais serão atendidas, com previsão de inclusão de 1.500 a 2.000 novos perfis no banco.
Importância da medida
A coleta de DNA é obrigatória para presos condenados por crimes graves, como homicídio, estupro, roubo e sequestro (Art. 9º-A da Lei de Execução Penal). A recusa é considerada falta grave e pode afetar a progressão de pena.
O BNPG reúne perfis genéticos de condenados, vestígios de locais de crime e material de pessoas desaparecidas ou seus familiares. Cada novo registro é cruzado com os já existentes, ajudando a identificar suspeitos, localizar desaparecidos e resolver investigações antigas.
Caso emblemático
Em 2019, o assassinato da menina Rachel Genofre (2008) foi solucionado após o perfil genético do autor, coletado em um presídio de São Paulo, coincidir com o vestígio guardado desde o crime.
Avanço tecnológico e destaque nacional
No primeiro semestre de 2025, o Paraná incluiu mais de 3 mil perfis no BNPG, colocando o estado entre os dez maiores colaboradores do país.
Segundo o diretor-geral da PCP, Luiz Rodrigo Grochocki, a nova tecnologia de sequenciamento genético de alta sensibilidade coloca o Paraná na vanguarda mundial:
“Poucos laboratórios no mundo têm essa tecnologia. Ela garante mais precisão e agilidade no processamento de perfis.”
Integração das forças de segurança
A ação contou com o Instituto de Identificação da PCPR, assegurando a individualização correta de cada coleta. O delegado Marcus Michelotto reforça que a papiloscopia é essencial para a precisão técnica das ações.