No Paraná, 297.935 pessoas vivem em Unidades de Conservação (UCs), como Parques Estaduais e Nacionais, Florestas, Reservas e Áreas de Proteção Ambiental. É o que revelam dados do Censo Demográfico 2022, os quais colocam também o estado como a unidade da região Sul com mais gente vivendo nessas localidades: o equivalente a 2,6% da população paranaense, bem acima das médias de Rio Grande do Sul (1,28%, com 139.250) e Santa Catarina (0,66%, com 50.449).
Instituídas por meio de lei, as UCs são territórios com características naturais relevantes para a conservação da diversidade biológica brasileira. Esses locais podem ser de uso sustentável, como áreas de proteção ambiental e reservas extrativistas, ou de proteção integral, como estações e reservas biológicas.
No Paraná, a pesquisa identificou a existência de 98 Unidades de Conservação. Dessas, 45 (45,9% do total) são UCs com pessoas residentes e outras 53 (54,1%), sem habitantes. Além disso, quase a totalidade das pessoas (99,4%) que mora em UCs está em áreas de uso sustentável, o que corresponde a 296.242 residentes. Por outro lado, apenas 1.106 desses moradores são indígenas, enquanto outros 324 são quilombolas.
Área de Proteção na Grande Curitiba é a que reúne mais habitantes
Entre as 98 UCs no Paraná, a que concentra o maior número de moradores é uma localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Trata-se da Área de Proteção Ambiental do Passaúna, com território nos municípios de Curitiba, Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo e Campo Magro. Ao todo, são 73.389 pessoas vivendo nas proximidades da represa, o equivalente a 24,6% do total de moradores em unidades de conservação no estado.
Na sequência, aparecem outras quatro áreas de proteção ambiental entre as que reúnem mais moradores: a do Iraí (55.759), do Iguaçu (52.757), da Escarpa Devoniana (42.337) e do Rio Verde (18.286).
Dados nacionais e ranking das UFs
Em todo o Brasil, 11.809.398 de pessoas vivem em Unidades de Conservação, número que representa 5,82% da população total do país. Quase a totalidade das pessoas (98,73%) que mora em UCs está em áreas de uso sustentável, o que corresponde a 11.658.936 de residentes. A pesquisa identificou 1.138 (48,11%) UCs com pessoas residentes e outras 1.227 (51,88%) sem habitantes.
Entre todas as unidades da federação, o Paraná é a 10ª localidade com mais pessoas vivendo em UCs. Fica atrás de São Paulo (2.483.199), Maranhão (1.555.668), Bahia (1.354.144), Rio de Janeiro (1.118.507), Distrito Federal (1.103.325), Minas Gerais (633.063), Pará (577.272), Ceará (445.413) e Pernambuco (317.458).
Por outro lado, os estados com menos gente morando em UCs são Mato Grosso (29.345), Sergipe (16.292), Amapá (11.692), Rondônia (10.351) e Roraima (3.211).
Estudo
As informações inéditas fazem parte da publicação “Censo Demográfico 2022: Unidades de Conservação – Principais características das pessoas residentes e dos domicílios”, por recortes territoriais e grupos populacionais específicos – Resultados do universo”. O estudo traz as principais características dos moradores e domicílios dessas localidades, incluindo indígenas e quilombolas. Para elaboração da publicação, o IBGE utilizou os dados oficiais do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação na data de referência da pesquisa, mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com a colaboração dos órgãos gestores nos níveis federal, estadual e municipal.