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Pelo segundo ano consecutivo, Paraná ficou em quinto lugar no ranking do Índice de Inovação dos Estados (Foto: Adobe Stock)

O Paraná consolidou-se como o quinto estado mais inovador do Brasil. É o que revela o ranking do Índice de Inovação dos Estados 2025, divulgado recentemente Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará. Conforme o levantamento, a consolidação paranaense como uma potência nacional ocorreu com a evolução em dois indicadores-chave. Com isso, o estado repetiu a mesma posição alcançada em 2024,

Em sua sétima edição, o Índice de Inovação dos Estados é um instrumento estratégico que avalia as 27 unidades federativas brasileiras com seu desempenho inovador. Criado para oferecer um diagnóstico detalhado dos ecossistemas estaduais de inovação, o Índice mensura tanto os pontos fortes quanto as fragilidades. Assim, fornece dados essenciais para orientar políticas públicas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da inovação em nível estadual e regional.

Desempenho paranaense

No caso paranaense, os principais fatores que contribuíram para o bom desempenho foram os avanços nos indicadores “Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia (C&T)” e “Infraestrutura”. Num, o estado subiu da 4ª posição no ranking nacional para a 2ª entre 2021 e 2025. No segundo, evoluiu do 6º para o 4º lugar no mesmo período.

Um cenário, conforme a pesquisa, que reflete a elevada qualidade da rede de transportes, da conectividade digital e das políticas de fomento à inovação. Também se verifica um aumento dos aportes públicos voltados à inovação, incluindo despesas empenhadas em C&T, subvenções a startups via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além disso, o Paraná também apresenta resultados expressivos em indicadores fundamentais para a ativação do ecossistema inovador. O estado ocupa a 4ª posição nacional em “Inserção de Mestres e Doutores”, “Propriedade Intelectual” e “Produção Científica”. Também stá em 5º lugar em “Capital Humano – Pós-Graduação”, “Empreendedorismo” e “Intensidade Tecnológica e Criativa”. Por outro lado, ainda precisa melhor o desempenho em “Instituições” (10º) e sustentabilidade ambiental (9º).

Para Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria Ceará, os resultados paranaenses refletem um ecossistema inovador, fortalecido por uma força de trabalho altamente qualificada e pelo avanço do investimento e financiamento público em ciência e tecnologia, com destaque para os aportes via Finep e BNDES. “Esse cenário favorece a produção científica, o empreendedorismo de base tecnológica e a competitividade em setores de alta e média-alta tecnologia. Com esses pilares, o estado se consolida como referência nacional em inovação e desenvolvimento sustentável”, analisa ele.

O Índice de Inovação e sua metodologoa

A metodologia do ranking do Índice de Inovação está estruturada em duas grandes dimensões. Uma delas são as “Capacidades”, com indicadores que avaliam os recursos, estruturas, investimento público em ciência e tecnologia, capital humano, infraestrutura e instituições. A outra são os “Resultados”, que mensura os efeitos concretos do processo inovador, como produção científica, propriedade intelectual, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental.

O Índice chega a 2025 na sua sétima edição consecutiva. Ao todo, 12 indicadores permitem uma análise quantitativa e comparativa entre estados e regiões, facilitando a identificação de gargalos e oportunidades territoriais.

Abaixo, é possível conferir o desempenho do Paraná em cada um dos indicadores avaliados.

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Paraná quer criar uma rede de supercomputadores

O Paraná, por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), lançou um edital para a criação da Rede Estadual de Computação de Alto Desempenho (High Performance Computing – HPC). A iniciativa visa equipar as universidades estaduais com oito HPCs e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) com um Simulador Quântico. Uma iniciativa que promete revolucionar a capacidade de pesquisa científica e de inovação no Estado.

Segundo o governo do Estado, o HPC possibilita processar grandes volumes de dados e executar cálculos extremamente complexos de forma rápida, revolucionando diversas áreas do conhecimento. Inclusive, a rede de supercomputadores foi desenhada para atender a uma necessidade do Estado e estará ligada por uma rede de alta conectividade, comenta o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

“Ela será a rede de mais alta conectividade do País. Isso fará com que o Estado possa avançar muito nos próximos anos. Não há nenhum estado com uma rede de supercomputadores no País, temos alguns supercomputadores instalados em algumas instituições brasileiras mas não temos esse conceito de uma rede de supercomputadores”, explica.