O Paraná ganhou mais um Condomínio do Idoso, desta vez em Campo Mourão. O Governo do Estado já entregou seis unidades habitacionais como essa dentro do Viver Mais, modalidade do programa Casa Fácil Paraná voltado à população acima dos 60 anos. Com investimento de aproximadamente R$ 244 milhões, entre recursos do Tesouro Estadual e da transformação da Copel em corporação, serão 32 estruturas no total, sendo que 13 atualmente estão em obras. Com modelo padrão de 40 moradias por residencial, eles possuem áreas comuns voltadas ao lazer e à saúde da pessoa idosa, como ambulatório, praça, academia ao ar livre, horta comunitária, salão de festas e quiosques de jogos.
Leia mais
- Polícia Militar do Paraná inicia operação combatendo a violência contra idosos
- Saiba quais são os bairros de Curitiba que têm o maior e o menor número de idosos
O Viver Mais é uma das modalidades do programa Casa Fácil, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em que os beneficiários pagam um aluguel social equivalente a 15% de um salário-mínimo por mês – R$ 227,70 –, com a opção de residirem no local pelo tempo que desejarem. Os recursos arrecadados são reinvestidos na política habitacional do Estado, inclusive com a construção de novos empreendimentos. Podem participar do processo pessoas sozinhas ou casais com idade superior a 60 anos, que não possuam imóvel em sua propriedade, com renda mensal até seis salários mínimos e estejam aptas após a análise socioeconômica realizada pela Companhia. As inscrições podem ser feitas AQUI.
O objetivo é oferecer uma estrutura completa de atendimento ao idoso, com atendimentos básicos de saúde e consultas médicas, promovendo um acompanhamento melhor e mais completo, além da vivência com outras pessoas, uma vez que muitos idosos acabam isolados nesta altura da vida e, por consequência, são acometidos pela depressão.
A execução dos condomínios é realizada por construtoras contratadas pela Cohapar via licitação, com recursos do tesouro estadual. Podem participar pessoas sozinhas ou casais com idade superior a 60 anos, que não possuam imóvel em seu nome, e com renda mensal de até seis salários-mínimos.
O Condomínio do Idoso Dona Lurdes Maria Piacentini, em Campo Mourão, se soma às outras cinco unidades inauguradas pelo Governo do Estado, localizadas em Jaguariaíva, Prudentópolis, Foz do Iguaçu, Cornélio Procópio e Arapongas. A nova obra custou R$ 6,3 milhões.
Onde ficam os condomínios de idosos no Paraná
Outros 13 empreendimentos já tiveram as obras iniciadas e, em alguns casos, muito próximos da conclusão. Entre eles está o de Ponta Grossa, já finalizado e que será entregue no dia 10 de outubro. A unidade de Guarapuava é outra que deverá ser entregue em breve à população. Com 97,90% concluída, a previsão é de que possa ser inaugurada em novembro.
Com avanços significativos estão os condomínios dos idosos de Cascavel (77,27%), Francisco Beltrão (69,78%), Telêmaco Borba (66,11%) e Irati (50,31%). Completam a lista de cidades com obras iniciadas Loanda (22,53%), São Miguel do Iguaçu (24,93%), Santo Antônio do Sudoeste (14,16%), Toledo (11,24%), Goioerê (10,80%), Guaíra (10,88%) e Ivaiporã, esta última em estágio bem inicial.
Além destes, outros 13 estão em fases diferentes de contratação, licitação e projeto. Na primeira situação estão Astorga e Pato Branco. Já em licitação estão as unidades de Assis Chateaubriand, Cianorte e Maringá. Em fase de projetos estão os municípios de Ibiporã, Laranjeiras do Sul, Londrina, Palotina, Paranavaí, Quedas do Iguaçu, São José dos Pinhais e São Mateus do Sul.
Critérios para a cidade ter um Condomínio do Idosos
Para que possa ser operacionalizado, o Viver Mais Paraná estabelece alguns critérios. Ele pode ser implementado em todos os municípios com população superior a 30 mil habitantes, com as seguintes contrapartidas da prefeitura: doação do terreno, com área mínima de 12 mil metros quadrados e condições topográficas favoráveis; parceria na prestação de serviços de gestão condominial, com assistência médica, psicológica e social aos residentes; e o acompanhamento em conjunto com a associação de moradores.
O programa se insere em uma política de Estado para responder ao envelhecimento da população paranaense. Segundo o Censo de 2022, 1,9 milhão de pessoas com 60 anos ou mais vivem no Paraná, o que representa 16% da população – quase o dobro da proporção registrada no início dos anos 2000. Até 2027, a previsão é de que o número de idosos residindo no Paraná supere a proporção daquelas com menos de 15 anos.
Confira abaixo os Condomínios do Idoso que já estão em obras:
Ponta Grossa – 100%
Guarapuava – 97,90%
Cascavel – 77,27%
Francisco Beltrão – 69,78%
Telêmaco Borba – 66,11%
Irati – 50,31%
Loanda – 22,53%
São Miguel do Iguaçu – 24,93%
Santo Antônio do Sudoeste – 14,16%
Toledo – 11,24%
Goioerê – 10,80%
Guaíra – 10,88%
Ivaiporã – em estágio inicial
Terceira idade amparada
“Temos um orgulho muito grande de sermos pioneiros neste modelo de habitação. Aqui é como se fosse uma vila, onde os idosos moram, tem academia ao ar livre, piscina para hidroginástica, salão de festas, horta elevada para evitar esforço e problemas de coluna, assistência médica, então isso colabora para que a terceira idade seja amparada, convivendo com outros idosos e combatendo a depressão, que muitas vezes atinge quem mora sozinho. Aqui isso não acontece, pois tem convívio, oportunidade e um ambiente saudável”, afirmou Ratinho Junior
“O Paraná é o Estado que mais investe em habitação para a terceira idade, tanto com o Condomínio do Idoso quanto pelo Casa Fácil Terceira Idade, onde nós damos uma entrada de R$ 80 mil para que os nossos idosos possam fazer o financiamento da sua casa. Isso fez o Paraná ser reconhecido pela ONU como a única região da América do Sul considerada amiga da pessoa idosa”, acrescentou.
“É uma alegria muito grande entregar o sexto Condomínio do Idoso de uma série de 32 que estão planejados. É um programa de grande alcance social, que traz solução de moradia para pessoas que chegaram à terceira idade e muitas vezes não tiveram a oportunidade de ter a sua própria casa, de receber o cuidado e o carinho que passam a ter aqui”, destacou o diretor-presidente da Cohapar, Jorge Lange.