O governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado das Cidades, lançou nesta terça-feira (15) o Programa Estadual Pavimentação sobre Pedras Irregulares, entre elas, os paraleleípedos. A iniciativa prevê a pavimentação asfáltica de vias atualmente revestidas com pedras irregulares, ampliando as possibilidades de investimento em mobilidade urbana.
Os detalhes sobre o novo programa foram apresentados pelo secretário Guto Silva durante um encontro do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba. O investimento total previsto para o programa é de R$ 977 milhões em recursos do tesouro estadual, sendo que R$ 500 milhões devem ser repassados aos municípios ainda em 2025.
O novo programa representa uma ampliação da política de urbanização iniciada com o Asfalto Novo, Vida Nova, que é focado na pavimentação de vias de terra batida. Com investimento de R$ 2,7 bilhões e 377 municípios atendidos, a iniciativa já é considerada a maior deste tipo na América do Sul.
Agora, com a nova etapa, o Governo do Estado atende uma demanda comum em todo o Paraná: a pavimentação de ruas com calçamento em pedras irregulares, como aquelas revestidas por paralelepípedos ou pedras poliédricas.
Segundo o secretário, a estimativa é de que mais de 300 municípios sejam contemplados com os novos projetos de pavimentação. Para isso, as prefeituras foram orientadas a apresentar os projetos técnicos para que a Secretaria das Cidades possa iniciar os repasses.
O programa é regulamentado pelo decreto estadual nº 10.547/2025 e será executado pelo Paranacidade, órgão estadual vinculado à Secid. Para participar, os municípios devem ter Plano Diretor Municipal vigente e atualizado, aprovado pela Câmara de Vereadores, conforme o Estatuto da Cidade.
Calçamento sobre pedras irregulares e paralelepípedos é bem recebido
O presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e anfitrião do evento, Nelson Luiz Gomez, destacou a importância da iniciativa ao considerar que muitas das vias com calçamento em pedras já estão defasadas e precisam de soluções mais modernas e duráveis.
“O uso de pedras irregulares foi, durante muito tempo, uma alternativa viável, mas hoje é uma tecnologia superada. Essas ruas exigem manutenção constante e já não atendem às demandas de mobilidade urbana que temos nas cidades. Por isso, a substituição por pavimento asfáltico é um avanço necessário”, afirmou.
Gomez também elogiou a decisão do Estado de estruturar o programa com base em planejamento técnico. “É fundamental que os projetos de pavimentação sejam bem elaborados desde o início. Isso garante eficiência, economia e obras que realmente melhoram a vida das pessoas”, acrescentou o presidente do IEP.