dengue
Imagem ilustrativa (Foto: Pedro Ribas/SMCS)

O Paraná recebeu no Ministério da Saúde mais de 359,9 mil testes rápidos para diagnóstico dengue no Paraná. Esse montante é parte de um total de 6,5 milhões que serão enviados para todo o país. Os testes rápidos serão distribuídos pela primeira para fazer frente ao aumento de casos da doença. O material deve ser distribuído principalmente para as cidades de acesso limitados a serviços de laboratórios e com maior número de casos.

No Paraná, as regionais de saúde com os maiores números de casos são Londrina (1.633), Paranavaí (1.270), Maringá (579), Metropolitana de Curitiba (576) e Foz do Iguaçu (528). Além das capacitações e treinamentos das equipes de agentes contra, foram reforçadas as ações de campo, mutirões de limpeza e campanhas de conscientização para eliminar criadouros do mosquito em ambientes domésticos.

Outras estratégias incluem a aplicação de fumacê, atendimento clínico qualificado para os casos suspeitos e a soltura dos chamados wolbitos – mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia que impede a transmissão do vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

O boletim da dengue desta semana confirma mais 950 casos da doença no Paraná. Os dados do período epidemiológico, iniciado em 28 de julho de 2024, somam 61.319 notificações e 8.034 diagnósticos confirmados.

O deputado federal Zeca Dirceu disse há um trabalho conjunto com as secretarias de saúde estadual e municipais, com forte apoio do governo federal. “As equipes de 12,8 mil agentes comunitários de saúde e 3,6 de agentes de endemia estão mobilizados e ajudam nesta guerra contra a dengue. O Ministério da Saúde, no passado, repassou R$ 45,2 milhões para custeio das equipes”, disse.

Distribuição dos teste deve começar na próxima semana

O investimento nos teste rápido soma mais de R$ 17,3 milhões. A distribuição vai começar na próxima semana e os gestores estaduais serão orientados por meio de uma nota técnica com critérios de uso. Do total, serão distribuídos 4,5 milhões de testes na primeira remessa.

Os dois milhões de testes restantes serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos e necessitem de uma resposta rápida no diagnóstico.

O SUS tem outros dois tipos de testes para identificação da dengue: o biologia molecular e o sorológico, ambos disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com o anúncio do Ministério da Saúde, a população passa a contar com uma terceira opção, que é o teste rápido, capaz de detectar a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo. Esses testes estarão disponíveis na rede pública, como Unidades Básicas de Saúde, conforme a distribuição da gestão local.