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Bombeiros/Siate atendem caso de ataque de cachorro (Foto: CBMPR)

Deste o início deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) registrou quase 300 ataques de cachorros no Paraná. A maioria das ocorrências acontece dentro de casa.

No último domingo (21), o CBMPR atendeu a um chamado de ataque de cachorro a uma criança de 3 anos de idade em Piraquara, na Grande Curitiba, no quintal de casa. Tanto a criança quanto a babá que tentou parar o ataque ficaram machucadas. A menina teve ferimentos graves na cabeça e no rosto.

Na terça-feira (23), no bairro Cajuru, em Curitiba, um cão atacou uma mulher que precisou de atendimento do Siate. O animal, com idade de 16 anos, é da família desde filhote. Segundo o CBMPR, a vítima teve ferimentos em um dos braços.

A recomendação inicial do CBMPR ao se avistar um cachorro potencialmente agressivo em ambiente público ou privado é evitar o contato, manter distância e ligar para alguma autoridade, como a prefeitura do município ou os números de emergência.

“Quando se mexe na comida ou em um brinquedo do cachorro, ele pode se tornar muito agressivo”, afirma a capitã Luisiana Guimarães Cavalca. “Mesmo dóceis, os cães podem ter atitudes inesperadas por instinto de defesa, o que exige atenção”.

Como agir em um ataque de cachorro

Ao presenciar um ataque a uma pessoa ou a outro animal, a orientação é tomar cuidado para não ser atacado também. “Pode-se jogar água com um balde ou mangueira para assustar o animal. Mesmo um extintor de incêndio pode ser usado”, explica.

Segundo ela, um cabo de vassoura pode ser colocado entre os molares do cachorro, em casos extremos, para ele soltar a vítima. “É importante ressaltar que bater no cachorro ou puxá-lo não vai fazer com que solte e pode inclusive piorar a lesão de quem está sendo atacado”, afirma Luisiana.

Ela também reforça sinais de alerta momentos antes do ataque. A postura dos cães, com rosnados, olhares fixos e a cabeça baixa em relação ao corpo, podem significar que ele está alerta e pronto para atacar. “Nesse momento, o melhor a fazer é sair de perto e procurar um lugar seguro”, diz a capitã.

EMERGÊNCIA – Ao ver uma pessoa ou animal sendo atacado, antes de tudo deve-se chamar o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) pelo telefone 193, relatar a ocorrência e aguardar o socorro.

ATAQUES NAS RUAS – Ataques de cães nas ruas podem gerar problemas com a Justiça. De acordo com o delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Guilherme Dias, os tutores de cães que cometam ataques a pessoas ou animais em vias públicas estão sujeitos à responsabilização por omissão de cautela. “Ou até mesmo por lesão corporal na posição de garantidor”, explica.