O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra que o Paraná é um dos 16 estados com incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de alerta, risco ou alto risco, Curitiba, por sua vez, está em uma situação melhor, em segurança na tendência a curto prazo e com probabilidade de queda a longo caso.
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Os outros estados em alerta para SRAG são: Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe; com exceção do Amapá, Ceará, Espírito Santo, Ceará, Piauí, Tocantis e Distrito Federal.
Das 27 capitais, oito apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 31: Belém (Pará), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Cuiabá (Mato Grosso), João Pessoa (Paraíba), Maceió (Alagoas), Manaus (Amazonas), Salvador (Bahia) e Vitória (Espírito Santo).
Síndrome Respiratória Aguda Grave: VSR domina
Em nível nacional, os casos notificados de SRAG têm sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 150.615 casos de SRAG, sendo 80.577 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 51.291 (34,1%) negativos, e ao menos 8.853 (5,9%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se que 25,7% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 46% de VSR, 23,6% de rinovírus, e 7% de Sars-CoV-2 (Covid -19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave foi de 13,9% de influenza A, 1,5% de influenza B, 44,7% de VSR, 34,6% de rinovírus e 5,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 51,6% de influenza A, 2% de influenza B, 18,4% de VSR, 18% de rinovírus e 8,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave entre as crianças associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) permanecem em níveis elevados na maioria dos estados brasileiros.
O estudo também mostra um cenário de manutenção da tendência de queda dos casos de SRAG associados à influenza entre os idosos e ao VSR na população infantil de até dois anos. No entanto, o Boletim destaca que, na população idosa, os casos de SRAG se mantém em níveis de moderado a alto em diversos estados do Centro-Sul, além de alguns estados do Norte e do Nordeste.
A análise aponta que os casos de Covid-19 seguem aumentando no Ceará e voltaram a crescer no Rio de Janeiro. Na Bahia, também foi observado o aumento das hospitalizações em crianças e adolescentes causado pelo rinovírus.
Pesquisadora alerta para a vacinação contra Síndrome Respiratória Aguda Grave
Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portela ressaltou a importância de verificar se estão em dia com a vacina da Covid-19, especialmente idosos e imunocomprometidos, que precisam tomar doses de reforço a cada seis meses.
“Como em alguns estados os casos de SRAG por influenza A continuam altos, também é importante estar em dia com a vacina contra a gripe”, orienta Portella.
Sobre InfoGripe
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de SRAG no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica (SE) 31, de 27 de julho a 2 de agosto.