
Três unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais do Paraná foram reconhecidas como de excelência pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) na edição 2025. Todos eles são de hospitais particulares: Hospital Nossa Senhora do Pilar e Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, e Hospital Policlinica em Cascavel. No levantamento anterior, apenas um hospital do Paraná conseguiu a certificação: o Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba. A Amib divulgou nesta segunda-feira (31) o resultado da certificação em 2025, que considerou o desempenho de 800 hospitais monitorados pelo Projeto UTIs Brasileiras durante o ano de 2024.
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A avaliação reconhece os hospitais analisados com as certificações Top Performer e Eficiente. Para receber o primeiro selo, a unidade precisa estar entre as 33% melhores UTIs do país. Já o selo de UTI Eficiente é concedido às unidades que estão acima da média, mas não entre as melhores — entre o 33º e o 50º lugar, Oito hospitais do Paraná receberam o selo UTI Eficiente: três públicos e cinco privados.
Top Performer 2025 – UTIs de excelência no Paraná
Hospitais privados
Nossa Senhora do Pilar Curitiba
Hospital Universitário Cajuru Curitiba
Hospital Policlínica Cascavel Cascavel
UTI Eficiente 2025 – Paraná
Hospitais Públicos
Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns Curitiba
Hospital Municipal Padre Germano Lauck Foz do Iguaçu
Hospital Regional do Norte do Paraná Londrina
Hospitais Privados
Nossa Senhora das Graças Curitiba
Hospital Ônix Mateus Leme Curitiba
Hospital Ônix Vicente Machado Curitiba
Hospital Santa Cruz Curitiba
Hospital Marcelino Champagnat Curitiba
No Brasil, número de hospitais públicos com UTIs de excelência cresce mais
Entre os hospitais analisados pela pesquisa sobre UTIs de excelência, havia 352 públicos e 448 privados que, juntos, ofertam mais de 20 mil leitos de UTI no Brasil. “Embora representem uma proporção menor, os hospitais públicos premiados apresentaram avanços nos últimos anos”, destacou a Amib
Em relação à edição anterior da premiação, o total de hospitais certificados, segundo a associação, cresceu 25%. Enquanto no setor público, o aumento foi de 45%, entre os hospitais privados, o número de certificações subiu 21%.
“O crescimento do número de unidades públicas certificadas reflete o esforço de gestores e equipes do SUS [Sistema Único de Saúde] em qualificar a assistência crítica por meio de práticas baseadas em evidências e indicadores, mesmo diante de limitações orçamentárias e estruturais”, destacou a Amib.
>>> Confira a lista dos hospitais com selo TOP Performer
>>> Confira a lista dos hospitais com selo Eficiente
Os dados mostram que, em 2024, 21 hospitais públicos foram certificados como Top Performer, enquanto, em 2025, o número subiu para 25 – um aumento de 19%.
No caso do selo Eficiente, o aumento foi mais expressivo, passando de 19 para 33 hospitais certificados – um salto de 74%.
No setor privado, os números passaram de 136 para 164 (Top Performer) e de 68 para 82 (Eficiente).
Critérios
Criada em 2016, a certificação visa a reconhecer anualmente a qualidade e a excelência do atendimento prestado por esse tipo de unidade de saúde, refletindo o compromisso com a melhoria contínua e a promoção de um cuidado seguro, sustentável e eficiente para pacientes em estado crítico.
A premiação leva em conta uma série de indicadores que medem o desempenho real das UTIs, ajustado ao perfil dos pacientes atendidos. São utilizados dois parâmetros principais:
- Taxa de Mortalidade Padronizada – compara o número de mortes esperadas com o número de mortes reais, levando em conta a gravidade dos pacientes;
- Taxa de Utilização de Recursos Padronizada – avalia se a UTI faz um uso adequado dos recursos disponíveis.
Esses dois indicadores, segundo a Amib, são calculados a partir de critérios reconhecidos internacionalmente, que estimam o risco de morte logo na admissão do paciente na UTI.