
Neste sábado, 22 de julho, Curitiba terá a 1ª Caminhada do Meio-Dia, de combate ao feminicídio no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Além de Tatiane, neste sábado a manifestação será também pedir justiça pela morte de Franciele Gusso Rigoni, morta em 31 de maio. O corpo dela foi encontrado dentro do carro do casal em uma rua de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Investigações apontam como autor do crime o marido de Franciele, Adair José Lago, que está preso temporariamente em Piraquara.
A concentração da caminhada está prevista para as 11h30 na Praça Santos Andrade, com percurso pela Rua XV de Novembro e chegada na Boca Maldita. A organização pede que as pessoas se vistam de branco.
A data marca a memória da morte da advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, assassinada em 2018. Em 2019, uma lei foi sancionada para honrar sua memória e intensificar a luta contra o feminicídio no estado.
O evento faz parte da programação da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa. No último dia 10 de julho, a pasta lançou uma campanha estadual Paraná Unido no Combate ao Feminicídio que prevê mobilização nas ruas, caminhadas, fóruns de debates e uma campanha publicitária de conscientização contra qualquer forma de violência contra as mulheres.
Segundo dados do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em 2022 foram registrados 274 casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio no Estado. De 2019 a 2022, foram 314 feminicídios e 911 homicídios dolosos contra mulheres.
O Paraná tem um Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, criado após uma lei sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. O dia 22 de julho foi escolhido em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava. A lei determina que é dever do Poder Público promover debates, seminários e outros eventos relacionados ao tema.