O levantamento que visa traçar um panorama detalhado do perfil socioeconômico da população paranaense chega a mais 162 municípios nesta semana. Até o momento, as entrevistas foram concluídas em 136 cidades, enquanto outras 71 já superaram os 80% de cobertura. A meta é alcançar, ao final, 361 municípios.
A Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR), coordenada pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), segue avançando pelo Estado. Conforme atualização do Ipardes, quase 62 mil domicílios foram visitados até agora em 298 municípios em todas as 29 regiões do Estado, com mais de 40 mil entrevistas efetivamente realizadas.
Os trabalhos de campo começaram na segunda quinzena de março e continuam até agosto. A partir desse esforço, o Estado reunirá um conjunto inédito de dados sobre moradia, emprego, renda, escolaridade, alimentação e hábitos das famílias.
Os primeiros resultados do levantamento devem ser apresentados ainda em 2025, por meio de um painel interativo no site do Ipardes, que permitirá a consulta a gráficos, tabelas e relatórios estatísticos.
PIONEIRA – Reconhecida como a maior pesquisa domiciliar já executada por um governo estadual no Brasil, a PAD-PR terá escopo superior ao da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A abrangência será três vezes maior: enquanto a PNAD coleta, no máximo, 20 mil entrevistas no Paraná, a PAD-PR alcançará 60 mil domicílios.
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a pesquisa de amostragem domiciliar do Instituto tem o objetivo de levantar informações sociais e econômicas na área de moradia, educação, emprego, renda e segurança alimentar. “Estas informações são de vital importância para o monitoramento das políticas públicas vigentes e a formulação de novas”, explica.
A iniciativa conta com financiamento do Fundo Paraná, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que destina 2% da arrecadação tributária estadual para projetos científicos e tecnológicos.
SEGURANÇA E SIGILO – As entrevistas, que têm duração média de 10 a 15 minutos, são feitas por agentes identificados com crachá com foto, coletes do Ipardes e folhetos informativos. As informações fornecidas são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) e utilizadas exclusivamente para fins estatísticos. A colaboração da população é considerada essencial para que os dados reflitam com fidelidade as realidades locais do Paraná.