PF prende colombianos e piloto de avião em Curitiba

Grupo é acusado de ter fortes ligações com megatraficante Juan Carlos Abadia

Redação Bem Paraná

A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo prendeu hoje (06) em Curitiba dois colombianos que se hospedavam em um hotel da cidade e um piloto que reside na capital paranaense.


Um jato de passageiros, que estava estacionado na pista do Aeroporto Afonso Pena, também foi apreendido na chamada Operação Aquário, de combate ao tráfico internacional de drogas.


A aeronave ficará à disposição do juízo da 6ª. Vara Federal de São Paulo, cujo titular é o delegado Fausto de Sanctis, que condenou o traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia.


Segundo a PF paulista, há fortes indícios de ligação entre os presos e o cartel de Abadia.


Durante a operação, foram cumpridos ao todo oito mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Roraima.


Seguido a PF, a quadrilha estava se estabelecendo no país com dois objetivos principais. O primeiro era lavar o dinheiro do narcotráfico através da compra de bens, tais como veículos, além da criação de empresas de fachada para o processo de ocultação dos recursos.


Em segundo plano, o grupo adquiria aeronaves para o transporte de drogas e dinheiro entre países da América do Sul e África, Europa, América Central, México e Estados Unidos.


O principal investigado é Jorge Rincon-Ordonez, que tem mandado de prisão em aberto nos Estados Unidos pelos crimes de conspiração para importar cocaína, conspiração com intenção de distribuição de substância controlada, possessão de substância controlada com intenção de distribuição, importação de substância controlada e conspiração para lavagem de dinheiro.


O Departamento de Justiça norte-americano já havia preparado um mandado de captura provisório para Rincon-Ordonez junto ao governo lolombiano.


Além dos bens apreendidos, a Polícia Federal também identificou possíveis contas no exterior abastecidas com recursos de origem criminosa. Documentos apontam para a existência de aproximadamente US$ 500 milhões nessas contas.


Os principais crimes cometidos pela quadrilha são: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.


A PF não divulgou se há relação entre as prisões de hoje e as 3,8 toneladas de cocaína apreendidas ontem no Porto de Paranaguá.