PM baleado em ataque à empresa de valores em Guarapuava tem morte cerebral confirmada

Redação Bem Paraná

PMPR/Divulgação

A Polícia Militar comunicou neste sábado (23) que o cabo Ricieri Chagas, 48 anos, que foi baleado na cabeça no confronto com os assaltantes que atacaram à empresa de valores em Guarapuava, teve morte cerebral confirmada.  O comunicado foi feito pelo novo comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Major Flávio Ferraz.

A Polícia Militar emitiu nota de pesar: “É com muito pesar que a Polícia Militar do Paraná informa o falecimento do Cabo Ricieri Chagas, natural de Campo Mourão, nasceu em 29 de outubro de 1973, ingressou nas fileiras da Corporação em 26 de setembro de 1995. Deixou esposa e um casal de filhos. Atuou no 16º Batalhão de Polícia Militar em Guarapuava-PR e no Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON). No 16º BPM atuou nos extintos GOE (Grupo de Operações Especiais) e TMA (Tático Móvel Auto), além da ROTAM e Pelotão de Trânsito. Dedicou seu trabalho por cerca de 15 anos ao Pelotão de Choque do 16° BPM. Teve uma carreira exemplar e extremamente operacional. É reconhecido em todo o país por ter brilhantemente representado a PMPR na Força Nacional. Ostentava com honra o brevê do CCDC (Curso de Controle de Distúrbios Civis) em seu peito. Honrou com todas as suas forças o seu juramento: “Devotar-me inteiramente ao serviço do Estado e da minha Pátria cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida.” Sua marca registrada sempre foi o amor à profissão. Era uma referência dentre os policiais do CHOQUE e seu legado para sempre será lembrado”.

Ricieri foi a única vítima do ataque que morreu. Outras duas pessoas ficaram feridas, sendo elas um segundo PM e um civil. 

Homenagem do Governador…

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lamentou profundamente a confirmação da morte do cabo da Polícia Militar do Paraná (PMPR) Ricieri Chagas, neste sábado (23). Ele estava em uma viatura da corporação e foi baleado na região da cabeça durante o ataque de bandidos a Guarapuava, na Região Central do Paraná, entre a noite de domingo (17) e a madrugada de segunda-feira (18).

“É com muito pesar que recebemos a confirmação da morte deste valente integrante da Polícia Militar do Paraná. O cabo Ricieri foi atingido enquanto defendia a população paranaense, à serviço da polícia, e jamais será esquecido por esse ato de bravura. Meus sentimentos à família. Que Deus receba esse valoroso homem”, disse Ratinho Junior.

… E da Polícia Civil

Na tarde deste sábado a Polícia Civil do Paraná também prestou homenagem póstuma ao Cabo Ricieri Chagas, da Polícia Militar do Paraná.

“Um verdadeiro herói, morto em combate, defendendo a população paranaense. A ele a honra dos grandes guerreiros que com coragem e abnegação, empregam a vida na defesa da segurança pública. Aos familiares, aos amigos, aos irmãos policiais militares, a PCPR expressa sinceras condolências”, escreveu a corporação.

Relembre o caso

Homens armados invadiram a cidade de Guarapuava (região central do Paraná) e “tocaram o terror” na noite deste domingo (17). Eles atacaram batalhões da Polícia Militar, queimaram carros e caminhões e fizeram moradores de reféns. A ação dos bandidos começou por volta das 23 horas. De acordo com testemunhas, os homens usavam armas de grosso calibre. Carros e caminhões foram queimados. Pelo menos um batalhão da PM e um quartel foram incendiados. Além disso, pessoas teriam sido feitas de reféns. Veículos blindados do exército foram autorizados a patrulhar as ruas da cidade. 

As investigações seguem. As buscas não têm data para encerrar e contam com todo o apoio das principais forças especiais do Estado, da Polícia Civil, Militar e Científica, além do apoio federal com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, encaminhados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Pelo menos 30 pessoas teriam participado do ataque, que acabou frustrado.

Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que doze veículos usados pelos bandidos foram localizados (quatro deles queimados e usados como barreiras pelos criminosos), além de nove armas (entre .50 BMG, 7,62, 5,56 e calibre 12 Combat); uma pistola Glock 9 mm com seletor de rajada; um carregador de AK 47; munições; capacetes e coletes balísticos; balaclavas, facas, celulares e lanternas; um par de placas de veículo sobressalente (EPS7D07); e R$ 1,4 mil em espécie.