
A Polícia Militar do Paraná já está usando um novo modelo de arma de incapacitação elétrica, o Taser 10. Diferente das armas de fogo, ela dispara dardos metálicos que liberam uma corrente elétrica fraca, causando perda momentânea de controle muscular e permitindo que a pessoa seja contida sem ferimentos graves.
O equipamento parece até uma “Nerf turbinada”: carrega até dez dardos prontos para disparo, o que permite atingir até três pessoas diferentes sem precisar recarregar — um avanço em relação a modelos antigos, que só tinham dois disparos.
Desde a estreia em 16 de agosto, já foram registrados 32 usos do Taser 10 no Paraná, em situações como surtos, ameaças a terceiros e até para conter um motorista embriagado que se recusava a parar de dirigir.
Uso da Taser 10 no Paraná
Um exemplo aconteceu em Guarapuava, no dia 24 de setembro. Um homem em surto arremessava facas pela janela do segundo andar de um prédio. Após três horas de negociação, os policiais precisaram entrar no imóvel e usar o Taser 10 para imobilizá-lo. Ele recebeu atendimento médico em seguida.


Segundo o governo, a arma ajuda a reduzir a necessidade de uso de armas de fogo e aumenta a segurança de civis e policiais. Até agora, mais de 2 mil policiais já foram treinados para usar o equipamento, o que representa 67% da meta inicial de capacitação. A previsão é concluir o treinamento de 3 mil profissionais nos próximos meses.
Além da PM, a Polícia Civil, a Polícia Penal e a Polícia Científica também receberam unidades do Taser 10.
O modelo é considerado seguro: a corrente elétrica é de apenas 1,2 miliampere, bem abaixo do risco à vida (para comparar, uma tomada comum tem 10 amperes).