
Um caso inusitado registrado no bairro Guabirotuba, em Curitiba, chamou a atenção nas redes sociais nesta semana. Após um vídeo viralizar, mostrando a venda de água no bairro através de um poço artesiano, o assunto ganhou notoriedade. Apesar de não ser permitida a venda, e dos órgãos competentes, como a Sanepar e a Vigilância Sanitária não terem realizado nenhum parecer oficial a respeito, a iniciativa faz sucesso entre os moradores do bairro.
“Eu resolvi fazer o poço, por uma única questão: o valor que eu gastava com água. O preço da água da Sanepar é cara e, buscando uma forma de economizar, acabei contratando uma empresa para fazer o poço aqui. Como começou a surgir água mineral de qualidade, não achei justo usufruir do projeto sozinho. Então, decidi compartilhar com os vizinhos, implantando as torneiras no local”, conta Edson Silva.
Depois de perfurar o poço, Edson construiu uma estrutura. Quem quer a água coloca uma moeda de R$ 0,50 a R$ 1,00 e a água começa a ‘jorrar’ por uma torneira. “Na verdade, é um preço simbólico, entre 0,50 centavos e R$1,00, para manutenção do serviço. Não me interessa ganhar dinheiro em cima disso, meu objetivo é apenas ajudar todo mundo a economizar o valor pago em água”, conta.
Silva também diz que gostaria de regularizar a sua ‘bica’, mas não sabe nem por onde começar. “Na verdade não sei por onde começar, quem procurar, como fazer. O que me interessa é deixar para a população o uso da água. Levei uma amostra do líquido no Laboratório da UFPR, para verificar a qualidade. A Vigilância Sanitária apareceu aqui para verificar as condições da obra, mas não fui notificado ainda’.