
Pequeno alívio
Preço da gasolina recua em Curitiba com fim temporário de impostos federais
Litro pode ficar ainda mais barato, após aplicação da nova alíquota de ICMS, cujo teto será de 18%

A Lei complementar que zerou os impostos federais sobre combustíveis, já começa a surtir efeito em alguns postos. Em Curitiba, alguns estabelecimentos já baixaram os preços e a gasolina já pode ser encontrada a menos de R$ 7. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 19 e 25 de junho, mostram que a média de preços de Curitiba era de R$ 7, 54 pelo litro de gasolina.
A boa notícia é que os preços poderão cair ainda mais no Paraná. Isso porque no Estado, as novas alíquotas do ICMS sob os combustíveis devem entrar em vigor a partir de 1º de julho. A redução ocorrerá em cumprimento a Lei Complementar sancionada na última semana pelo Governo Federal. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), extraoficialmente, as novas alíquotas devem ser iguais ao teto definido pela lei (18% para a gasolina).
Consultada a Secretaria de Fazenda do Estado do Paraná (SEFA), informou que o Paraná ‘segue com as alíquotas atuais. Atualmente a alíquota de ICMS é 29% sobre gasolina, 12% no óleo diesel e inclui transportes, 18% sobre GLP (gás de cozinha); 29% sobre energia elétrica e telecomunicações, 25% energia rural.’ Ainda conforme a SEFA, ‘deverá para julho reduzir para 18% que será a alíquota uniforme no estado’.
Esse é caso de um posto localizado na Rua Alberto Folloni, no Ahú, onde a gasolina comum estava sendo comercializada a R$ 6, 93 na manhã de ontem. O menor valor encontrado ontem foi de R$ 6, 77, em um Posto da Avenida Paraná, no Juvevê. Em Curitiba, o preço médio do litro da gasolina vinha acima de R$ 7,28 nas últimas semanas.
O preço do etanol também caiu. Ontem, os postos comercializam o combustível a partir de R$ 4,99. Na última semana, o preço médio do litro era de R$ 5,54. O diesel foi encontrado pela reportagem a R$ 6,99. Segundo a ANP, o preço médio do diesel em Curitiba era de R$ 7,29.
“Essas reduções são reflexos da Lei Complementa 194/2022 que zerou temporariamente os tributos federais: PIS, COFINS e CIDE sob os combustíveis”, analisa o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Derivados de Petróleo do Paraná (Paranapetro). “As distribuidoras, de uma forma geral, começaram a repassar gradualmente aos postos as alíquotas zeradas nos tributos federais”, diz em nota.
“Já a redução no ICMS, que é um imposto estadual, depende de regulamentação do Estado do Paraná. O único estado brasileiro que já colocou em vigor as alíquotas de 18% foi São Paulo”, diz a nota.
Apesar de beneficiar o consumidor, a mudança do ICMS deve afetar as finanças do Estado. A estimativa da Sefa é de uma perda de receita de R$ 6,33 bilhões, sendo R$ 2,04 bilhões em combustível, R$ 2,07 bilhões em energia elétrica, entre as principais.
Valor do combustível vem de queda na primeira quinzena do mês
Um levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente a primeira quinzena de junho, apontou que a gasolina comercializada nos postos de abastecimento da Região Sul apresentou um recuo de 0,60% no preço médio em relação ao mês anterior. O combustível, comercializado a R$ 7,15 nas bombas na média, figurou como o mais barato dentro do território nacional.
No recorte regional, o Rio Grande do Sul liderou com a gasolina mais barata da região, vendida a R$ 6,98 em média. As bombas gaúchas apresentaram um recuo de 0,40% em relação ao mês anterior, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que registrou queda de 1,04% para o combustível. Em contrapartida, o Paraná comercializou a gasolina mais cara entre os Estados, R$ 7,32, apesar do declínio de 0,34% na média.
Já o etanol registrou o cenário inverso. Os postos do Rio Grande do Sul distribuíram o combustível pelo maior preço da região, a R$ 6,52. Por outro lado, o Paraná foi o Estado a registrar as menores médias para o etanol, comercializado a R$ 5,44 na média, além de liderar com o maior recuo no preço em relação a maio (4,27%), seguido do RS (2,01%) e de SC (1,95%).
O diesel comum e o diesel S-10 foram comercializados pelo menor preço da região nos postos gaúchos, a R$ 6,73 e R$ 6,81, respectivamente. Já Santa Catarina distribuiu o tipo comum mais caro, R$ 6,87, e o Paraná fez o mesmo com o tipo S-10, R$ 6,90. No recorte nacional, ambos os combustíveis foram comercializados com as menores médias do País, a R$ 6,80 o primeiro e R$ 6,87 o segundo.
Junho
Inflação da construção sobe 2,81%
O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 2,81% em junho deste ano. Ela é superior ao valor de maio (1,49%) deste ano e maior que os 2,30% de julho de 2021.
Com o resultado, o INCC-M acumula inflação de 7,20% no ano e de 11,75% em 12 meses. Em julho de 2021, o INCC-M acumulado em 12 meses era de 16,88%.
Em junho deste ano, a taxa relativa a materiais, equipamentos e serviços ficou em 1,40%, abaixo do 1,55% de maio. Já o subíndice da mão de obra chegou a 4,37% em junho, ante 1,43%, em maio.