“Precursor” da moda, Curitiba também terá “rolezinho”

Em 2008, Shopping Palladium havia barrado jovens. Desta vez, protesto em Curitiba acontecerá no Shopping Pátio Batel

Redação Bem Paraná

Espécie de precursor da moda dos rolezinhos, Curitiba também terá seu rolê em breve. Pelo Facebook, foi marcado para o dia 02 de fevereiro (domingo) um encontro no Shopping Pátio Batel, inaugurado em setembro do ano passado e que ficou conhecido por abrigar lojas de grife internacional.

Na descrição do evento, os organizadores explicam que o rolezin na capital paranaense será em apoio à galera de São Paulo, contra todas as formas de opressão, discriminação, criminalização e repressão contra pobres, negros(as), jovens e trabalhadores(as).

Até às 16h50 desta quarta-feira (15), 21 pessoas haviam confirmado participação no evento.

Outras cidades do Paraná

Além de Curitiba, outros dois municípios do Paraná estão organizando seus rolezinhos: Maringá e Umuarama.

Em Maringá, o evento está marcado para acontecer no dia 26 de janeiro (domingo), no Shopping Maringá Park. Mais de 100 pessoas já confirmaram presença, enquanto em Umuarama o evento acontecerá já neste sábado (18). Cerca de 160 pessoas já confirmaram que estarão às 15h30 no Umuarama Shopping.

Precursor do role?

A polêmica dos rolezinhos tomaram os noticiários do Brasil após um encontro no Shopping Metrô Itaquera, em São Paulo, no último sábado (11) que acabou em quebra-quebra e com três pessoas detidas. Foram relatados exageros por parte de policiais.

Embora a prática dos rolezinhos seja recente – começou no final do ano passado, em São Paulo, organizados por cantores de funk em resposta à aprovação pela Câmara Municipal de um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista -, Curitiba pode ser considerada uma espécie de precursor neste tipo de evento.

Em 2008, o então recém-inaugurado Shopping Palladium barrou a entrada de um grupo de jovens da periferia vestidos com camisas de clubes e trajes de hip-hop. Na época, a direção do shopping alegou que a proibição tinha como objetivo evitar o constrangimento de clientes – segundo eles, alguns desses rapazes acuam as pessoas.

O Shopping chegou a afirmar que não fazia nenhum tipo de descriminação e que as restrições eram em relação ao comportamento e às atitudes”. Protestos, então, foram feitos nas escadarias do shopping e surgiu a polêmica e, consequentemente, um debate na sociedade, que agora volta à tona.