O prefeito de Fênix, Aristóteles Dias dos Santos Filho, 46 anos, se apresentou na delegacia de Engenheiro Beltrão, no Noroeste do Paraná, na tarde de terça-feira (19). Santos é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato, ocorrido no início do ano passado, do então prefeito de Fênix, Manoel Custódio Ramos. Santos era vice-prefeito na época.

Em maio deste ano, a polícia prendeu Luiz Pereira de Souza Junior, 30, apontado como o autor do crime, e Sidney Aparecido Faria, 34, funcionário da prefeitura da cidade, também acusado de ser mandante do assassinato do prefeito.

De acordo com o delegado-titular de Engenheiro Beltrão, José Nunes Furtado, a Justiça já havia expedido a prisão preventiva de Santos. “Com o pedido da prisão, Santos se entregou rapidamente à polícia”, disse o delegado.

Já são quatro presos suspeitos de participação no crime. Além de Faria, Santos e Souza, Valdemis Macedo Lopes, 24, também é acusado de intermediar a contratação de Souza para executar Manoel Ramos. Lopes está preso no interior de São Paulo por tráfico de drogas.

A polícia prendeu Souza, em Londrina, em maio deste ano, depois de descobrir que ele estaria na cidade para cobrar mais dinheiro por ter matado o prefeito. “Souza veio de Rondônia, onde mora, e descobrimos que ele viria para o Paraná, por um conhecido dele”, explicou Furtado.

A polícia descobriu que Faria foi o homem que pediu para Souza matar o prefeito. “Com o depoimento de Souza, soubemos do envolvimento do vice-prefeito na época. Um dos motivos do crime seria a ambição de assumir a prefeitura. Nós vamos continuar investigando para saber se há mais motivos”, contou o delegado.

A polícia ainda está atrás de José Ivan Farias, 38, irmão de Sidney, que teria ajudado a esconder Souza, depois do crime.

Morte – Segundo o delegado, os depoimentos mostraram que Souza fez o levantamento da área durante o dia e, às 23h, teria ido a pé até a frente da casa do prefeito e atirado cinco vezes contra Manoel Custódio Ramos, em 4 de fevereiro. Não foi confirmada a versão, surgida na época, que o assassino estaria em uma motocicleta.