Nas primeiras horas do primeiro dia de 2007, três nascimentos fizeram a festa de Ano Novo para três famílias nas maternidades Santa Brígida, Victor Ferreira do Amaral e na Associação Civil Beneficente Mater Dei. Foram três nascimentos com poucos minutos de diferença. Todas meninas. A primeira das três a nascer foi uma criança de uma família de Almirante Tamandaré, à 0h44 no Mater Dei. O nascimento foi de parto normal, e a menina nasceu com 2,740 quilos. O nome ainda seria confirmado pela mãe.

À 1h52, nasceu Gabriele, com 45 centímetros, 2,570 quilos. O parto aconteceu no Santa Brígida. A mãe, Caroline, passa bem, e deve deixar o hospital até amanhã. Já no Victor Ferreira do Amaral, Laura veio ao mundo à 1h58.

Para a enfermeira obstetra Regina Guimarães, do Mater Dei, que trabalhou no primeiro nascimento de 2007, simbolicamente foi muito importante estar no plantão da virada do ano. Ela que já teve várias experiências no maternidade, ainda não havia tido a sensação do primeiro parto de um ano. No Mater Dei foram cerca de 5 mil partos no ano passado. “Só no mês de dezembro foram 493 nascimentos no Mater Dei”, conta Regina. A maternidade faz boa parte dos seus atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Natalidade — Curitiba tem em média 24 mil nascimentos todos os anos. Mas a taxa vem caindo. Há cinco anos nasciam na Capital 29 mil crianças. Isso representa a redução do coeficiente de natalidade de 18,5 por mil habitantes para 13,8 por mil.
Com isso, Curitiba chegou à metade da primeira década do século 21 com uma taxa total de fertilidade (TTF) de 1,48. O resultado é comparável à média européia, onde as taxas situam-se abaixo de 1,5 e refletem a tendência de queda demográfica experimentada nos países com melhores condições sócio-econômicas.

Para o vice-prefeito e secretário da Saúde, Luciano Ducci, em matéria do meio do ano de 2006 no site da Prefeitura, a diminuição das taxas pode ser atribuída ao programa de planejamento familiar, que oferece aos casais todos os métodos contraceptivos, inclusive os definitivos, como laqueadura e vasectomia. Outros fatores como urbanização, escolaridade, média de idade mais elevada tanto nos casamentos como nos divórcios também contam.




O último e o primeiro parto no País
Um intervalo de dois minutos, na virada do ano, separou o nascimento dos gêmeos da auxiliar de cozinha Simone Aparecida Santos, de 20 anos, que ontem deu a luz ao primeiro bebê da região metropolitana de Belo Horizonte em 2007, e muito provavelmente de todo o País. Simone começou a sentir as dores do parto ainda na noite do réveillon. Levada para a maternidade MaterClínica, em Venda Nova, ela teve o primeiro filho às 23h59 do último dia de 2006. À 0h01 do primeiro dia do novo ano nasceu o outro bebê.
De acordo com o diretor clínico da maternidade, Aloysio Cortez, as duas crianças do sexo masculino nasceram de parto normal e passam bem. O primeiro bebê, que se chamará Marcos, nasceu com 2.640 quilos. O segundo, que ganhou o nome de Mateus, nasceu com 2.470 quilos.
Cortez observou que o registro dos gêmeos deverá mesmo constar os dois horários diferentes. A mãe é solteira e não tem namorado. Simone havia programado o parto para o dia 5 de janeiro. “Mas veio um pouco antes. Agora ela se recupera bem dos dois partos e terá alta amanhã”, contou o diretor clínico.