Conheça a professora do Paraná que está entre as melhores do País no ensino da Matemática

Cristina Kozan de Brito, professora das redes pública e particular do Paraná, é uma dos finalistas da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio

Assessoria de Imprensa
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Cristina Kozan de Brito (Divulgação)

O Brasil ocupa hoje a 65ª posição no ranking de 81 países que participaram do último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), divulgado no final ano passado, levando em conta os resultados da área de Matemática. Por outro lado, faz parte da elite da Matemática mundial (nível 5 da Internacional Mathematical Union – IMU) com pesquisadores e professores reconhecidos mundialmente.

A equação mal resolvida mobilizou um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na criação da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr), no ano passado, e agora é chegada a hora de conhecer os vencedores nas categorias ouro, prata e bronze.

Um evento online – para facilitar a participação de inscritos de norte a sul do País – marca a divulgação dos resultados, no dia 27 de março. Ao todo, 67 professores foram premiados, dos quais 48 na categoria bronze, 10 na categoria prata e 10 na categoria ouro.

“Os 10 premiados na categoria ouro só serão conhecidos no dia 27. Entre os 20 finalistas, há representantes de diversos estados do País como Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul”, explica Adauto Caldara, membro do Conselho Gestor da Olimpíada.

Como prêmio, os 10 professores da categoria ouro participarão em outubro de um intercâmbio técnico e cultural de 15 dias a Xangai para conhecer o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco) na Universidade Normal da China, levando em conta que o país figura sempre entre os de melhor desempenho no PISA.

“Será uma oportunidade ímpar de imersão, aprendizado e troca de conhecimento. Nosso objetivo é reconhecer e valorizar iniciativas bem-sucedidas no ensino da Matemática em todo o País, de forma a disseminá-las, trabalhando para melhorar a qualidade do ensino da disciplina e, assim, contribuindo para alavancar a posição do Brasil no ranking mundial, a médio e longo prazo”, considera.

Depois da viagem de premiação, o próximo passo previsto é a realização de 50 workshops – cada um dos premiados ministrará cinco – em 50 cidades definidas em parceria com o Ministério da Educação.
O processo de avaliação dos professores participantes incluiu três etapas: uma prova, uma apresentação em vídeo ilustrando o trabalho desenvolvido em sala de aula e uma entrevista que teve, entre os avaliadores, o professor Cristovam Buarque, que é membro do Conselho Acadêmico da OPMBr.

Amor à Matemática


No grupo de 20 finalistas, sobram histórias de amor à Matemática e ao ensinar-aprender. Cristina Kozan de Brito, professora de Maringá, é uma delas. Ela dá aulas de Matemática no Colégio Estadual Silvio Magalhães Barros e, para atrair a atenção e despertar o interesse dos alunos, ela trabalha o ensino a partir de experiências cotidianas, do empreendedorismo e da educação financeira.

Com os alunos, ela desenvolveu, entre outros projetos, um Clube de Troca de uniformes, roupas e calçados com moeda própria, que movimentou a escola e a comunidade. “Acredito na importância de vivenciar a teoria, de criar oportunidades para a aplicação do que vemos em sala de aula. Isso faz toda a diferença no aprendizado”, ressalta.