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Foto: FAEP

Com uma programação que une emoção, educação e comemoração, a edição de 2025 do Agrinho do Sistema FAEP traz de volta professora Elizabethe Borges Amaral, do Colégio Estadual Cívico-Militar Dona Moralina Eleutério, quem já ganhou o prêmio Agrinho Saúde Jovem com um aluno em 1998. Na época, o Agrinho tinha só três anos de trajetória. Hoje, seu aluno João Pedro Cabral Pavarin está entre os finalistas da categoria Redação Paraná.

Amaral se tornou pioneira em Santo Antônio da Platina ao adotar o programa, incentivando seus alunos a participarem. “Na época, meu aluno fez uma poesia encantadora, com rimas. Ficou bem bonita”, diz a professora. A poesia ganhou o prêmio máximo em sua categoria.

O aluno era Marcelo Gomes Costa, então cursando o 8º ano no Colégio Estadual Dr. Ubaldino do Amaral. No dia da premiação, eles nem imaginavam a surpresa que os aguardava: venceram a antiga categoria Agrinho Saúde Jovem e a professora ganhou um carro zero quilômetro.

A revelação deu início a uma nova aventura. A professora não tinha experiência em dirigir na estrada e precisou encarar o desafio para levar o prêmio para casa. “Colocamos as coisas no carro e fomos eu e meu aluno pela estrada, à noite. Quando chegamos em Santo Antônio da Platina, foi uma festa. Eu fiquei conhecida na cidade como a professora que ganhou o carro”, recorda.

O prêmio foi um divisor de águas na vida profissional da docente, que passou a ser procurada por diversas instituições de ensino particulares para dar aulas de redação. “Depois dessa premiação, os professores se engajaram no Agrinho e o município se tornou uma referência de participação no programa. Eu mesma sempre uso os materiais, que são muito bons, e tivemos diversas premiações no município, incluindo outra professora que também ganhou um carro”, conta.

Para Elizabethe, o Agrinho evoluiu e se modernizou ao longo das décadas, o que se reflete na forma de abordar os temas em sala de aula. “Agora, a plataforma é toda tecnológica. Você entra no site e mostra para os alunos, lê os textos com eles”, exemplifica. “Acredito que o Agrinho é mais do que um projeto pedagógico: é um verdadeiro programa de transformação social e de realização de sonhos”, reflete.

O aluno premiado em 1998, por exemplo, conseguiu bolsas de estudo e se tornou um advogado reconhecido na região. E, para Elizabethe, o estudante vencedor deste ano também viverá um momento inspirador em sua história a partir da premiação.

“Eu tenho orgulho de ter feito parte dessa história desde o começo do Agrinho e de estar com um aluno entre os premiados novamente. Isso porque a sala de aula é onde acontece o extraordinário”, conclui.

Para o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, histórias como a da professora Elizabethe reforçam o impacto duradouro do Agrinho na educação paranaense. “Ver professores que participaram nas primeiras edições ainda envolvidas e inspirando novas gerações é a prova de que, há 30 anos, o Agrinho cumpre sua missão de transformar a sociedade pela educação”, destaca Meneguette.

Premiação acontece no dia 20 de outubro

O encerramento da 30ª edição do Agrinho será celebrado em dois dias, 19 e 20 de outubro. No dia 19, cerca de 3,3 mil pessoas participam de uma grande festa em Curitiba, divididas entre o Restaurante Madalosso e a Ópera de Arame. A apresentação artística fica por conta do ilusionista Maicon Clenk, com um espetáculo que combina mágica, teatro, dança e acrobacias, proporcionando uma experiência visual e sensorial.

Já no dia 20, o grande encontro acontece no Centro de Convenções Expotrade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com a expectativa de reunir aproximadamente 4 mil participantes, entre estudantes, familiares, professores, diretores, autoridades e representantes da comunidade escolar. A programação será marcada por uma imersão educativa e interativa: um túnel do tempo iluminado por LEDs convidará o público a revisitar os 30 anos do Agrinho, enquanto atividades lúdicas e tecnológicas vão estimular a criatividade, a cooperação e a consciência ambiental.

Após a abertura institucional, um bolo cenográfico marcará os parabéns pelos 30 anos do Agrinho, seguido por apresentações do grupo LightWire, que mistura dança, tecnologia e efeitos visuais com LED e fibra ótica, transformando o evento em um espetáculo que conecta passado, presente e futuro.