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Professora e assistente são denunciadas por tortura de menino autista (Foto: Pixabay)

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou uma professora e a assistente de sala pelo crime de tortura contra um menino de quatro anos, portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e considerado não verbal. Além delas, a diretora/proprietária da instituição e a pedagoga foram denunciadas por omissão imprópria. O caso aconteceu dentro do banheiro da escola Shanduca -Berçário e Pré-escola, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

O caso foi descoberto após denúncia que levou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal à escola, localizada no bairro Iguaçu, onde a criança foi encontrada amarrada pelos punhos e pela cintura a uma cadeira dentro do banheiro. As imagens do flagrante causaram grande comoção na cidade.

Segundo a denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Araucária, entre os dias 4 e 7 de julho, a professora e a assistente teriam submetido o menino a intenso sofrimento físico e mental como forma de punição pessoal, amarrando-o à cadeira em duas ocasiões.

Omissão da direção

A denúncia aponta ainda que a diretora/proprietária e a pedagoga não agiram para impedir a violência, permitindo que o menino sofresse. A diretora, mesmo afastada na época dos fatos, teria orientado a equipe a realizar a contenção da criança sem protocolos de segurança e sem avisar os responsáveis legais, demonstrando pleno conhecimento do ocorrido.

Mudanças de comportamento da criança

Antes do flagrante, a mãe da criança relatou mudanças de comportamento, incluindo choro e irritabilidade ao ser levada à escola. Apesar de comunicar a situação à instituição, a família recebeu apenas respostas de que tudo estava bem.

Em áudios enviados posteriormente pela diretora, a criança foi descrita como “muito agitada”, e foi sugerido o aumento da medicação, sem que o sofrimento físico fosse reconhecido.