
Integrantes de uma quadrilha de contrabando de cigarros eletrônicos no Paraná é alvo de uma operação conjunta da Receita e Polícia Federal. O grupo trabalhava também com a importação irregular de essências estrangeiras. A operação, batizada de Evali, ocorre nesta manhã de terça,11.
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A operação cumpre 10 mandados judiciais – 5 mandados de busca e apreensão e 5 prisões preventivas – , nas cidades do Oeste paranaenses de Cascavel, Céu Azul e Matelândia. A medida judicial prevê ainda o sequestro e bloqueio de bens móveis e imóveis, veículos de alto valor e ativos financeiros dos integrantes da quadrilha de contrabando.
A organização criminosa operava de forma estruturada, com divisão hierárquica de tarefas. A organização adquiria mercadorias ilegais, como cigarros eletrônicos e essências, geralmente de origem estrangeira, e as transportava utilizando veículos de passeio.
Quadrilha usava batedores para transporte de contrabando
Durante o transporte, batedores monitoravam as estradas para evitar a fiscalização policial e da Receita Federal, usando comunicação via grupos de WhatsApp. A comunicação entre os membros da organização incluía termos codificados para se referir a postos da Polícia Rodoviária Federal e desvios nas rodovias.
A organização movimentava grande quantia em dinheiro, incompatíveis com a renda declarada pelos investigados, utilizando empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos e fragmentando movimentações financeiras para tentar burlar a fiscalização.
Os responsáveis poderão responder pelos crimes de organização criminosa (artigos 1º c/c 2º da Lei nº 12.850/2013), contrabando (334-A do Código Penal) e lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei nº 9.613/96).
Participam da operação 8 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 25 policiais federais.