Restaurantes e academias de Curitiba podem funcionar fora do toque de recolher, decide governo

Redação Bem Paraná com RPC

Bem Paraná

Uma reunião nesta segunda (12) na Casa Civil colocou fim ao impasse sobre a validade do toque de recolher, decretado pelo governo do Estado, das 20 às 5 horas, em Curitiba. O novo decreto da Prefeitura de Curitiba que flexibiliza o horário de funcionamento dos restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência de postos de combustíveis e academias até as 23 horas, que entrou em vigor nesta segunda (12) foi contra o decreto do governo. Apesar das versões diferentes, nesta semana, as academias e restaurantes podem funcionar fora do toque de recolher do governo e tanto donos de estabelecimentos, quanto os frequentadores, não serão punidos por não cumprirem o toque de recolher estadual, que vale até o dia 15 de abril. As informações são do telejornal Boa Noite, da RPC.

Segundo a assessoria da Prefeitura de Curitiba, a interpretação é que a restrição de circulação se aplica somente em razão de serviços e atividades não essenciais (tanto no decreto estadual como no municipal). Como a lei 15802/21 reconhece a prática de atividade física e do exercício físico, as academias entram como atividades essenciais para a população de Curitiba. Ainda segundo a Prefeitura, restaurantes comercializam alimentos, e também são atividades essenciais tanto pelo decreto municipal 470/20 de Curitiba quanto pelo decreto estadual 6983/21, que define os essenciais, atualmente em vigor. Ou seja quem sair para comer em restaurantes, consumir em lojas de conveniência ou praticar atividades físicas não estaria então descumprindo o toque de recolher. O governo do Estado admite que os restaurantes são sim atividades essenciais, mas as academias não, segundo as normas do Estado.  Para o governo do Estado, no entanto, a regra mais restrititiva se sobrepõe a menos restritiva, então, em tese, a Prefeitura não poderia ter liberado tais atividades até as 23 horas porque o decreto do governo limita até as 20 horas, porém por enquanto as atividades estão liberadas. 

O governo do Estado, inclusive, segundo fontes da Casa Civil, cogitam alterar o horário de toque de recolher para todo o Estado, passando de 20 às 5 horas para 23 às 5 horas. A decisão final, no entanto, depende do governador Ratinho Jr, em nova reunião que deverá acontecer entre terça (13) e quarta (14). 

O que muda em Curitiba
A partir de segunda-feira (12), fica estendido o horário de funcionamento de alguns serviços e atividades. Academias de ginástica e demais espaços para práticas esportivas individuais podem funcionar das 6 às 23 horas (não mais até as 20 horas), de segunda a sábado. Fica mantida a proibição de abertura aos domingos. Restaurantes poderão funcionar para consumo no local, das 10 às 23 horas (o horário atual é até as 20 horas), e lanchonetes das 6 às 20 horas (a abertura está sendo feita a partir das 10 horas), de segunda a sábado, inclusive na modalidade de atendimento de buffet no sistema de autosserviço (self-service). No caso das lanchonetes, permanece autorizado, de segunda a sábado, o atendimento até as 23 horas nas modalidades delivery e drive-thru.

Não houve mudança aos domingos nos restaurantes e lanchonetes – fica permitido exclusivamente o atendimento nas modalidades delivery, drive-thru e retirada em balcão (take away) até as 23 horas, sendo vedado o consumo no local. Lojas de conveniência em postos de combustíveis poderão funcionar todos os dias da semana das 6 às 22 horas (agora estão funcionando até as 20 horas, de segunda a sábado). Aos domingos, poderão funcionar em todas as modalidades, ficando vedado o consumo no local.

Os veículos utilizados para o transporte coletivo urbano, que estão com ocupação de até 50%, passarão a circular com lotação máxima de até 70% de sua capacidade, em todos os períodos do dia. O novo decreto foi definido com base na recomendação do Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde, que esteve reunido na quinta-feira (8) para debater as medidas restritivas relacionadas a atividades e serviços, de acordo com o atual quadro epidêmico do novo coronavírus.