Saiba para qual cidade do interior do Paraná serão enviados 60 imigrantes venezuelanos nesta semana

Ana Ehlert, Redação Bem Paraná com assessoria

AEN

Goioerê, município do noroeste do Paraná a 530 quilômetro de Curitiba, deve receber nesta quinta-feira, 30, 60 venezuelanos. A informação é da Casa Civil e da Presidência da República e faz parte do processo de interiorização dos imigrantes que cruzam a fronteira do País pelo estado de Roraima. Em Goioerê as famílias serão acolhidas pela organização humanitária Aldeia SOS e serão alojadas em seis casas da região.

De acordo com a instituição, após a chegada ao município, os imigrantes passarão por um processo de adaptação da língua e de preparação para o mercado de trabalho. A prefeitura de Goioerê, por meio da secretaria de assistência social, já fez um levantamento prévio das crianças de até cinco anos de idade que serão matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

Ao todo, ao longo da semana, serão 278 pessoas transferidas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Além destes 60, 25 irão para o Rio de Janeiro e quatro para Brasília. Segundo o governo, as cidades destino foram escolhidas pelos próprios imigrantes. 

Cento e oitenta e sete venezuelanos deixaram nesta terça-feira, 28, a capital de Roraima, Boa Vista, com destino a Manaus (65), João Pessoa (69) e São Paulo (53) em busca de novas oportunidades. Esse é o primeiro grupo dessa sexta etapa do processo de interiorização dos migrantes que cruzaram a fronteira do país, fugindo da crise político-econômica da Venezuela.

Entre abril a julho deste ano, 820 pessoas foram transferidas de Roraima para sete cidades. A maior parte deles (287) foi encaminhada para centros de acolhimento em São Paulo.

A previsão da Casa Civil da Presidência da República, que tem coordenado a ação, é que, somando os meses de agosto e setembro, a interiorização inclua outros mil venezuelanos. De acordo com o órgão, em setembro, cerca de 400 pessoas devem ser transportadas a cada semana.

Alternativa

A transferência para outras cidades acontece de forma voluntária como uma alternativa para os migrantes que estão vivendo em situação de extrema vulnerabilidade.

A partir da manifestação das cidades que disponibilizam espaços para acolher estas pessoas e do perfil desses abrigos, são identificados os que têm interesse em participar do processo.

Todos os venezuelanos que migram para outras cidades recebem vacina e são submetidos a exame de saúde. A situação deles no país também é regularizada e os migrantes passam a ter CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho.

A ação tem sido feita em parceria entre o governo e organismos internacionais ligados às Nações Unidas, como as Agências para Refugiados (Acnur) e para as Migrações (OIM), além do Fundo de População das Nações Unidas (Unfa) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

De acordo com a Casa Civil, ainda antes do embarque dos refugiados, os órgãos envolvidos no processo, as autoridades locais e a coordenação dos abrigos definem estratégias para garantir o atendimento de saúde aos refugiados, a matrícula das crianças em escolas nas cidades, a garantia de um reforço para o ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.

Outra medida é voltada para o setor privado que têm sido motivado a absorver a mão de obra refugiada.