
A secretária municipal de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, falou ontem sobre o novo cenário da Covid-19 na cidade e sobre a ampliação da vacinação. “Notamos na última semana o aumento da média móvel, de 80 para 140 casos, e continua aumentando. Pode significar que estamos com uma nova variante circulante. Aumentaram também os atendimentos nos postos de saúde. A preocupação é a mesma de sempre. A Covid é traiçoeira principalmente para pessoas mais debilitadas, com mais idade, comorbidades e aquelas que não completaram as doses da vacina contra o coronavírus”, disse ela.
Ontem, a Scretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR) e o município começam a vacinar novos grupos com a segunda dose de reforço anticovid, equivalente à quarta dose.
Beatriz reforçou que os curitibanos devem retomar os cuidados já conhecidos contra a doença: “Isolar quem está com sintomas, testar e evitar aglomerações. Se for em um evento com muitas pessoas, deve usar máscara. Também é necessário lavar as mãos sempre”. A secretária ressaltou que os curitibanos devem verificar se estão faltando doses da vacina e procurar os postos de saúde.
Vacinas
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba amplia a partir de hoje a convocação para a 4ª dose da vacina anticovid para as pessoas nascidas até 1983 com a 3ª dose realizada há 120 dias ou mais. Com isso, o chamamento atinge pessoas com 39 anos ou que completam essa idade até o fim do ano.
A 4ª dose equivale ao 2º reforço para os vacinados na 1ª dose com Pfizer, Astrazeneca e Coronavac. Para os vacinados com Janssen na 1ª dose, a 4ª dose equivale ao 3º reforço.
Os novos convocados receberão mensagem pelo Aplicativo Saúde Já Curitiba. Para aqueles que não puderem comparecer hoje, a SMS oferece repescagem contínua nas unidades de saúde de segunda a sexta-feira – exceto na próxima segunda e terça, por causa do feriado da Proclamação da República. A vacinação acontece em 106 unidades de saúde, das 8h às 17h.
Já a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) liberou ontem a aplicação da segunda dose de reforço (R2) ou quarta dose contra a Covid-19 em pessoas acima de 18 anos que tenham tomado a primeira dose de reforço (REF) há pelo menos quatro meses. Anteriormente, a recomendação era que essa dose fosse aplicada somente no público acima de 40 anos. Agora, os municípios deverão definir estratégias próprias de chamamento e aplicação do novo reforço.
Estado soma 2,7 milhões de casos e 45.212 mortes em decorrência da doença
Até agora, o Paraná soma 2.743.605 casos e 45.212 mortes em decorrência da Covid-19. Ontem, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR) confirmou mais 387 casos e uma morte por Covid-19. O paciente que foi a óbito residia em Londrina. O óbito divulgado nesta data é de novembro de 2022.
Segundo os dados do Vacinômetro Nacional, o Estado já aplicou 27.876.265 imunizantes contra a Covid-19. Destes, 10.179.981 foram primeiras doses (D1); 9.378.983 segundas doses (D2); 338.346 doses únicas (DU); 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF); 1.414.520 segundas doses de reforço (R2); e 449.338 doses adicionais (DA).
A cobertura vacinal do público de três e quatro anos para D1 é de 23,63%. Já para D2, a porcentagem é de 9,55%. Este grupo ainda não possui indicação para doses de reforço. Para a população acima de cinco anos, a cobertura para D1 e DU é de 97,86% e para D2 de 92,38%. Para a REF, a porcentagem é de 63% e para a R2 cerca de 23%.
Curitiba divulga boletins semanais desde agosto. O último, da quarta-feira, mostrou aumento na média móvel de casos novos, que passou de pouco mais de 80 para 140 por dia entre a semana passada e a anterior, acendendo a luz de alerta na cidade. Apesar disso, os óbitos ficaram estáveis, sendo registrada um novo caso no boletim de quarta-feira.
Ontem, o Brasil registrou 12.017 novos casos e 40 óbitos, no boletim do Ministério da Saúde, divulgado na noite de ontem. O total passou para 34.889.576de casos e 688.607 mortes desde o início da pandemia, em março de 2020.
Secretário
Paraná tem disponibilidade de vacinas
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, explicou o motivo da mudança. “O Paraná tem disponibilidade de vacinas e a baixa procura por esses imunizantes preocupa, assim como a constante aparição de novas variantes da doença. As prefeituras que ainda não ampliaram poderão fazer um novo chamamento buscando aumentar essa cobertura vacinal e proteger nossa população”, afirmou.
Segundo um levantamento parcial da Sesa, cerca de 500 mil vacinas contra a Covid-19 estão disponíveis no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e nos municípios. Além disso, aproximadamente 1,5 milhão de imunizantes passaram do prazo de validade e aguardam a formalização de um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estabelecido por meio de um Termo de Cooperação Técnica com o Ministério da Saúde para ampliação da validade.
“O Estado está vigilante para a divulgação desse estudo e a confirmação da segurança da aplicação dessas vacinas, e tão logo isso seja formalizado pelo Ministério da Saúde, daremos encaminhamento também a essas doses da AstraZeneca”, disse Beto Preto.