Um sinal simples, mas que pode salvar vida. Assim é o sinal universal de socorro – dobrar o polegar para dentro da palma da mão e fechar os outros quatro dedos sobre ele Ele é um meio silencioso e discreto que pode ajudar as vítimas da violência doméstica.
Foi o que aconteceu em Apucarana, no interior do Paraná, na última semana. Durante uma discussão, uma mulher ficou presa dentro do carro do ex-namorado e conseguiu pedir ajuda ao responder, com um aceno discreto, ao sinal universal de socorro feito por uma pedestre que percebeu a situação de violência. Ao reconhecer o gesto da vítima, a testemunha chamou Guarda Municipal, que resgatou a mulher em segurança.
De acordo com a guarda municipal Gislaine Aparecida Seneiko Szumski, da Patrulha Maria da Penha de Curitiba, é importante divulgar a existência desse sinal, pois a maioria das pessoas ainda não o conhece. “Em primeiro lugar é preciso levantar a mão com a palma voltada para fora, depois dobrar o polegar e encostar na palma da mão. Na sequência, fechar os outros dedos sobre o polegar”, explica. Os dedos fechados simbolizam que a pessoa está em cárcere, presa na situação de violência doméstica.
Como fazer a denúncia de situação de violência
A orientação da Patrulha Maria da Penha é que ao identificar uma situação de violência a testemunha deve acionar imediatamente os canais de emergência, pelos telefones 153 da Guarda Municipal ou 190 da Polícia Militar, ou ainda pelo 180 para acessar a rede de proteção à mulher.
Em 11 anos de atuação, a Patrulha Maria da Penha realizou 97.413 atendimentos. Em 2025, registrou até agora 6.764 procedimentos para combater os casos de violência doméstica em Curitiba.
Como surgiu
O sinal universal de socorro foi criado no Canadá. Uma agência de publicidade de Toronto desenvolveu, em abril de 2020, uma campanha para a Canadian Women’s Foundation, ONG de proteção às mulheres, com ações para conter o crescimento dos casos de violência doméstica registrado no período de confinamento da covid-19. O intuito era criar um gesto simples e seguro que poderia ser utilizada pelas vítimas de violência doméstica denunciarem a violência, sem que o agressor percebesse o pedido de socorro.
Canais de denúncia em Curitiba
Patrulha Maria da Penha: 3221 2760
Central de Pré-Atendimento à Mulher: 180
Guarda Municipal Emergência: 153
Polícia Militar Emergência: 190
Casa da Mulher Brasileira: 3221 2701 ou 3221 2710
Delegacia da Mulher: 3219 8600
Defensoria Pública: 3221 2731
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: 3200 3252