Paraná Nova onda de Covid

Sindicato das Escolas Particulares do Paraná defende retorno presencial e silencia sobre passaporte da vacina

Josianne Ritz

Franklin de Freitas

Mesmo com avanço dos casos de Covid e H3N2, o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) segue defendendo a realização de aulas e atividades presenciais para o ano letivo que começa. Em nota encaminhada à redação do Bem Paraná, o Sinepe reforçou a recomendação para que as escolas mantenham os protocolos de biossegurança. Questionada sobre a exigência de passaporte da vacina para os estudantes, a entidade não quis se posicionar.

“A entidade reforça a recomendação de que as escolas associadas prossigam com a observância dos protocolos de biossegurança apontados pelas autoridades sanitárias, que inclusive continuam os mesmos, independentemente da mudança de variante do vírus SarsCov2, e que também se aplicam aos cuidados para evitar o contágio do Vírus Influenza (H3N2)”, diz a nota. As aulas nas rede particular de ensino do Estado começam a retornar a partir de 5 de fevereiro. 

A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), no entanto, já afirmou que não irá adotar a vacina como um condicionante para a volta às aulas presenciais. Em entrevista à CNN nesta terça-feira (11), o presidente da Fenep, Bruno Eizerik, defendeu a vacinação das crianças e afirmou que a Federação orientou os sindicatos associados a incentivarem as famílias a imunizarem seus filhos. Contudo, Eizerik afirmou que “entendemos e respeitamos aquelas famílias que entendem que a vacinação não precisa ser feita”.

A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED) do Paraná, anunciou nesta terça (11) que vai manter o retorno das aulas 100% presencial a partir de 7 de fevereiro nas escolas da rede estadual de ensino. A pasta também decidiu que não vai pedir comprovante de vacinação contra Covid aos alunos.

“O Paraná tem um dos melhores índices de vacinação do Brasil. Portanto, apesar do aumento expressivo de casos de Covid-19 nas últimas semanas, o Estado não registrou aumento significativo de internações e mortes. Isso é fruto tanto de uma política estadual com foco na prevenção da doença, que tem na vacina um dos seus pilares, quanto do engajamento da sociedade paranaense, que se vacinou voluntariamente, dando um exemplo para todo o país. Assim, diante do cenário atual, o Estado decidiu manter as medidas em vigor, sem novas restrições. A regra continua sendo a de testar e, em caso de teste positivo, entrar em isolamento. Isso ajuda a quebrar o ciclo de contágios. Diante dessa orientação do governo paranaense, a Seed-PR também manterá as atuais diretrizes”, diz nota encaminhada pela SEED ao Bem Paraná nesta terça (11). “Apesar do grande trabalho que fizemos com as aulas on-line durante os piores momentos da pandemia, as evidências dos últimos meses mostram que nossos alunos aprenderam mais e melhor dentro da escola”.

Na nota, a SEED diz ainda que como a vacina é opcional para todos e todas, o Estado não pode obrigar os estudantes a se vacinar. Porém, as vacinas obrigatórias continuarão sendo exigidas, como já estabelece a legislação em vigor. Segundo a assessoria da secretaria, o aluno que está em algum grupo das comorbidades pode ficar no remoto até 30 dias depois de completar o esquema vacinal.