O Ministério da Saúde retirou o medicamento oseltamivir – de nome comercial tamiflu – da lista de substâncias sujeitas a controle especial. A partir de agora, o remédio, que é usado no tratamento da gripe, passa a ser comercializado nas farmácias de todo o país como os demais medicamentos com receita médica simples, sem a necessidade de controle especial em duas vias (original e cópia). A determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União, visa facilitar o acesso da população ao medicamento. O antiviral já é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, às pessoas que necessitam. Para retirar o antiviral, no entanto, o paciente deve apresentar prescrição médica, emitida tanto por profissionais da rede pública, como da rede privada. A medida vem junto com as informações de falta de vacinas contra a gripe H1N1 na rede particular de laboratórios e de que não haverá vacinas para outros grupos, fora os considerados de risco, como gestantes, crianças até 2 anos e idosos, que já foram imunizados.
Com esta iniciativa, o Ministério da Saúde reforça o Protocolo de Tratamento de Influenza – 2011, que atualizou os profissionais de saúde quanto ao tratamento dos casos de gripe, ratificando junto aos médicos a prescrição e orientação para o acesso rápido ao antiviral oseltamivir. A determinação é clara: O tratamento com o remédio deve ser iniciado o mais rápido possível, após os primeiros sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, nas pessoas que apresentarem a síndrome gripal e fazem parte dos grupos vulneráveis para complicações – como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
Já os pacientes com síndrome gripal, que não pertencem aos grupos de risco, devem receber o medicamento imediatamente caso apresentem sinais de agravamento, como falta de ar ou persistência da febre por mais de três dias. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período o Ministério da Saúde indica a prescrição do medicamento.
Estoque — Só neste ano, o Ministério da Saúde enviou, às secretarias estaduais de saúde, 418,8 mil caixas do remédio. Antes desta distribuição, no entanto, os estados já estavam abastecidos do medicamento.
O combate no Paraná
1,9 milhão
de pessoas foram vacinadas contra a gripe no Paraná – crianças de seis meses a dois anos, gestantes, idosos acima de 60 anos, indígenas, profissionais de saúde que atuam diretamente no atendimento a pacientes de gripe e portadores de doenças crônicas cadastrados pelo Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais.
192 mil
doses de vacinas foram enviadas ao Paraná pelo Ministério da Saúde nas últimas duas semanas, antes mesmo do quantitativo enviado ao Rio Grande do Sul.
150 mil
tratamentos do antiviral foram disponibilizados pela secretaria de Saúde do Paraná