
Desde que sai de casa, contando deslocamento até o ponto/terminal de ônibus, tempo de espera e trajeto dentro do coletivo para o trabalho, o curitibano gasta em média, 55 minutos no deslocamento. O tempo do usuário de Curitiba só fica atrás do Rio de Janeiro (58 minutos) e Brasília (57), e empatado com São Paulo e Recife.
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O dado é de uma pesquisa do aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, Moovit, que lançou neste ano o Relatório Global sobre Transporte Público de 2024. O documento combina as informações com pesquisa realizada com 76 mil usuários para ilustrar tendências de mobilidade urbana.
Mas, segundo a pesquisa, a maioria dos curitibanos faz trajetos curtos de até 30 minutos (55%) do total. Viagens de média duração, entre 1 a 2 horas de duração, são os casos de 37% dos usuários. Aqueles que fazem viagens consideradas de longa duração, acima de 2 duas horas, são 8%.
Lembrando que os deslocamentos contam o tempo que o usuário utiliza desde que sai de casa, e vai caminhando (quando é o caso) até o transporte público, o tempo que espera pelo ônibus, mais o tempo que fica dentro do coletivo.
Pagamento
O cartão de transporte é a forma preferida de pagar da maioria dos brasileiros: 71%. Já 15% dos curitibanos preferem pagar com cartão de débito ou crédito. Para 14% dos passageiros do Recife e de Porto Alegre, dinheiro é a forma preferencial de pagamento, maior índice no país.
De acordo com o documento, dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi realizada em novembro de 2024 e todos os dados são anônimos.
A pesquisa é global. A cidade onde o usuário mais gasta tempo no deslocamento é a Cidade do México. Em média, são 67 minutos.
Financiamento vai garantir ônibus e terminal inédito em Curitiba
Especialistas financeiros das áreas ambiental, social e de mobilidade urbana do KfW Bankengruppe, o Banco de Desenvolvimento Alemão, iniciaram na segunda-feira a segunda fase de uma missão para confirmar o empréstimo de €$ 100 milhões para a Prefeitura de Curitiba. A operação de crédito foi autorizada pelo governo federal em setembro de 2024 e prevê €$ 25 milhões em contrapartidas do município para investimentos no setor de eletromobilidade e eficiência energética.
Baseada no Hipervisor Urbano, braço de inteligência de dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), a comitiva do KfW vai cumprir uma agenda intensa de imersão na estrutura institucional da prefeitura.
Os representantes do banco alemão também vão avaliar o plano de aquisições, cronograma e aplicações do programa Curitiba Carbono Neutro. Os recursos serão aplicados na compra de 84 ônibus elétricos, construção de dois eletroterminais, instalação de painéis fotovoltaicos em 27 equipamentos urbanos e a construção da fase dois da Pirâmide Solar de Curitiba – Parque Fotovoltaico da Caximba.
O programa Curitiba Carbono Zero complementa outras ações de mobilidade sustentável e eficiência energética da Prefeitura. Na nova concessão de transporte público, os ônibus comprados pelo financiamento da KfW serão usados na eletrificação total das linhas do Interbairros II e das que circulam no eixo Leste-Oeste.
A ampliação da Pirâmide Solar e os painéis fotovoltaicos darão continuidade ao investimento na produção de energia limpa para a autossuficiência energética nos equipamentos públicos.
BIM: Projeto de terminal curitibano concorre a prêmio
Elaborado totalmente na metodologia BIM (Building Information Modeling), o projeto do novo terminal do Capão da Imbuia concorre ao prêmio BIM Fórum Brasil, na categoria Contratante Público. A premiação reconhece as iniciativas de referência do uso da metodologia BIM na engenharia civil em todo o país.
A modelagem em BIM agrega diferentes disciplinas na elaboração de um projeto executivo, que podem ser acompanhadas em tempo real por todas as áreas envolvidas. Isso dá assertividade e agilidade nos ajustes do projeto e no andamento da obra, desde a elaboração do orçamento até as correções de projeto.
O novo terminal do Capão da Imbuia foi inscrito pelo LaBIM, o laboratório que funciona dentro do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e concorre com projetos da Fundação Oswaldo Cruz e Metrô de São Paulo.