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Mais de 2,7 mil eletricistas da Copel estão em campo, atuando na recuperação dos danos e na recomposição dos serviços aos imóveis desligados em decorrência do ciclone extratropical e das tempestades localizadas que atingiram as diversas regiões do Paraná a partir do último fim de semana.

Mais de 24 horas após o temporal que varreu o Paraná entre o domingo, 21, e a madrugada desta segunda, 22, a Copel informa que ainda neste terça, 23, há 75.920 unidades consumidoras sem energia. Em Curitiba são 3.374 desligamentos distribuídos pela cidade.

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Caos no trânsito

A falta de energia resultou no desligamento de 157 semáforos em Curitiba, segundo a assessoria de imprensa da Superintendência de Defesa Social e Trânsito de Curitiba.

O funcionamento de todos foi restabelecido ontem à noite. Por volta das 17 horas, 117 ainda estavam apagados. Nesta manhã não há informações sobre semáforos sem energia em Curitiba, segundo a assessoria.

Onde há mais casas sem luz?

A maior parte dos desligamentos está concentrada nas regiões Leste e Centro-Sul do Paraná. As cidades com o maior número de consumidores desligados são Pitanga, na região Centro-Sul, com 7,9 mil unidades consumidoras desligadas e Curitiba, com 3,3 mil.

Na Região Metropolitana da capital: Curitiba, 3,2 mil, São José dos Pinhais, 2,8 mil e Doutor Ulysses, 1,8 mil, Pinhais, 1,3 mil; Colombo, 1 mil e Almirante Tamandaré, 1 mil.

Na região Centro-Sul as cidades de Ortigueira, 2,4 mil; Reserva, 1,9 mil; Boa Ventura de São Roque, 1,9 mil; Santa Maria do Oeste, 1,8 mil e Ponta Grossa, 1,6 mil.

No Norte do Paraná, Londrina está com 1,6 mil unidades consumidoras desligadas, São João do Ivaí, 857; Ibiporã, 846; Tomazina, 710 e Rolândia, 695.

No Oeste, Toledo, tem 956 desligamentos; Cascavel tem 120; e Foz do Iguaçu, 39 unidades consumidoras desligadas

No Sudoeste, Dois Vizinhos, 514 desligamentos; Francisco Beltrão tem 286 e Pato Branco, 157

No Noroeste, Mandaguari tem 1.239 desligamentos; Cianorte, 955 e Maringá, 405 desligamentos, Paranavaí, 66.

Postes e torres danificadas prejudicam fornecimento de luz e água

A Copel informou que houve 172 postes quebrados. A maior parte fica no Norte do Estado (49), onde duas torres de alta tensão também foram derrubadas com a ação dos ventos, no município de Bandeirantes.

No Noroeste foram identificados até o momento 41 postes quebrados; 30 no Centro-Sul e Leste do Paraná; 29 no Oeste e 23 postes quebrados no Sudoeste do Estado.

Sanepar envia caminhões pipa para cidades onde há falta de agua

Equipes da Sanepar e Copel estão atuando intensamente para recuperar o abastecimento de água e energia em locais afetados pelas chuvas e ventos fortes que atingiram o Paraná, entre este domingo (21) e a manhã de segunda-feira (22).

O vendaval derrubou árvores e postes provocando queda de energia elétrica, que afetou várias cidades no Interior do Estado. Entre as medidas adotadas da Sanepar, estão envio de caminhão-pipa e locação de geradores de energia elétrica.

No Noroeste, a cidade mais afetada foi Umuarama, mas 80% da cidade já conta com abastecimento regularizado. Na região,  nove cidades estão com o abastecimento comprometido total ou parcialmente, e em oito pequenas localidades a falta de eletricidade ainda compromete o abastecimento.

Na região Oeste e Sudoeste, as situações mais críticas estão em Corbélia. Em Toledo houve um aumento na turbidez do rio Toledo, afetando parcialmente o abastecimento de água na cidade. Nestas duas regiões que foram bastante atingidas pelo vendaval, 14 municípios ainda permanecem sem eletricidade em poços, unidades de tratamento ou de bombeamento.

No Centro-Sul, foi restabelecido o fornecimento em sistemas de abastecimento de sete cidades, entre elas Laranjeiras do Sul. Em cidades como Ortigueira e Pitanga os sistemas ainda estão em recuperação..

No Norte e Nordeste, na maioria das cidades o abastecimento está sendo recuperado, principalmente em poços e unidades operacionais de oito cidades e quatro pequenas localidades ou vilas rurais. Em Apucarana, foi necessário interromper a captação devido ao arraste de sujeira no rio.

A Sanepar reforça que, em situações como esta, é imprescindível que a população colabore com uso racional e econômico da água. Deve ser priorizada a água tratada para higiene pessoal e alimentação. Atividades que não sejam urgentes, como lavagem de carros e calçadas, devem ser adiadas. Quem possui caixa-d’água em casa pode não sentir o desabastecimento em situações como esta.

De acordo com norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cada imóvel deve ter caixa-d’água com capacidade para atender as necessidades dos moradores por, no mínimo, 24 horas. O reservatório domiciliar deve armazenar pelo menos 500 litros.