racismo
O jornalista Franklin de Freitas, editor de fotografia do Bem Paraná: vítima de ofensa racista enquanto trabalhava (Foto: Geraldo Bubniak)

O torcedor do Coritiba suspeito de proferir uma ofensa de cunho racista contra o fotojornalista Franklin de Freitas, editor de Fotografia do jornal Bem Paraná, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pelo crime de injúria racial. A denúncia foi apresentada nesta sexta-feira (14 de junho) pela Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos de Curitiba.

De acordo com o advogado Luís Pedruco, que está representando Franklin no processo, com a apresentação da denúncia pelo MPPR agora caberá à Justiça analisar o caso e decidir se aceita dar prosseguimento à ação. Se isso ocorrer, o suspeito de cometer o ato preconceituoso se tornará réu, podendo ser condenado à prisão por 3 a 5 anos, além de ter de pagar multa.

Ao todo, seis testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público, sendo que todas elas já haviam prestado depoimento na etapa anterior do processo, a investigatória, conduzida pela Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) da Polícia Civil do Paraná (PCPR).

“Agora, o juiz vai analisar os requisitos legais, ver se tudo está de acordo com a lei. Se estiver de acordo, ele aceita a denúncia, recebe a denúncia, e depois começa a instruir o processo”, explica o advogado, elogiando ainda o trabalho de investigação. “O processo está muito bem instruído, a Demafe fez tudo certinho e agiu super rápido. Estamos acreditando que o processo vai andar rapidamente”.

Recorde a ofensa racista sofrida pelo jornalista do Bem Paraná

Franklin de Freitas, que é também presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc-PR), foi vítima de ofensas racistas enquanto trabalhava no Estádio Couto Pereira no dia 28 de abril, durante a partida entre Coritiba e Brusque, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O próprio jornalista relatou ter sido chamado de “preto filho da puta” por um torcedor durante o intervalo da partida, enquanto atravessava o gramado do estádio. Depois da violência, o torcedor se evadiu do local rapidamente, enquanto o jornalista foi até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) para registrar um boletim de ocorrência.