Centenas de venezuelanos fazem protesto na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, na tarde deste domingo (4).
As pessoas começaram a se reunir por volta das 16h. Elas estão protestando contra o resultado das eleições presidenciais da Venezuela. Os manifestantes demonstram apoio ao candidato à presidência do país Edmundo González Urrutia, que é considerado o principal nome de oposição do ditador Nicolás Maduro.
Os venezuelanos haviam feito uma manifestação no domingo passado (28), dia que saiu o resultado das eleições apontando Nicolás Maduro como presidente reeleito. O protesto da semana passada foi na Praça Santos Andrade, também no Centro de Curitiba.
Aumenta o reconhecimento da vitória opositora
Em questão de horas, cinco países latino-americanos reconheceram na sexta-feira a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições.
O Peru foi o primeiro, na terça-feira, quando alguns governos denunciavam uma fraude eleitoral. Lima reconheceu González Urrutia como “presidente legítimo da Venezuela”, rejeitando o anúncio da autoridade eleitoral venezuelana que proclamou a vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, que o deixaria no poder por 18 anos.
Depois de pedidos reiterados de transparência, Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá reconheceram na sexta-feira a vitória da oposição.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que existe “evidência esmagadora” que certifica González Urrutia como o vencedor das eleições de 28 de julho.
Maduro, por sua vez, agradeceu os esforços dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Colômbia, Gustavo Petro, e México, Andrés Manuel López Obrador, a favor de um acordo político na Venezuela.
“O presidente Lula, o presidente Petro e o presidente López Obrador estão trabalhando em conjunto para que a Venezuela seja respeitada, para que os Estados Unidos não façam o que estão fazendo”, comentou o presidente socialista.
Maduro acusa Machado e González Urrutia de promover atos de violência e um “golpe de Estado” com o apoio de Washington. Na quarta-feira, ele afirmou que os dois deveriam “estar atrás das grades”.
Também disse que havia planos para uma violenta “emboscada” durante uma manifestação convocada em Caracas para sábado por Machado.
Ele denunciou que “criminosos” que vincula à oposição planejam “um atentado” perto do bairro de Caracas no qual Machado convocou uma manifestação.
Maduro, 61 anos, no poder desde 2013, convocou para este sábado o que chamou de “a mãe de todas as marchas para celebrar a vitória”.